domingo, 30 de janeiro de 2011

Inovação e idéias

     Graduado em literatura inglesa pela Columbia University, Johnson, 42 anos, foi descrito pela revista Newsweek como um dos pensadores mais influentes do mundo digital. 
Em sua mais recente pesquisa, Johnson quis descobrir o que propicia o surgimento de ideias inovadoras. Para isso, estudou as grandes invenções da humanidade, como a luz elétrica e a teoria da evolução de Darwin. 
 
Dessa investigação resultou o livro Where good ideas come from (De onde vêm as boas ideias), ainda não lançado no Brasil. Na obra, o pesquisador sustenta  que a convivência entre pessoas de formações profissionais distintas está entre os fatores que estimulam a inovação. 
 
“As boas ideias surgem, na maioria das vezes, de redes, sejam elas de colaboração direta ou pela nova roupagem de velhos conceitos”, diz Johnson em entrevista à DINHEIRO.

 Por que o sr. decidiu estudar os princípios que estimulam a inovação?
STEVEN JOHNSON – Em primeiro lugar, pelo fato de que a inovação é um assunto importante para muitos setores da sociedade. Interessa a pessoas de negócios, do mundo criativo da tecnologia, da ciência e do setor público. Quis olhar para o passado e ver se havia padrões capazes de nos ensinar sobre os ambientes que estimularam grandes ideias inovadoras. A segunda razão é para auxiliar na tentativa de tornar os ambientes de trabalho, pesquisa e estudo mais criativos, poderosos e produtivos. É preciso conhecer os segredos que 
levam à inovação.
 
 
 De onde vêm as boas ideias?
 
JOHNSON – Elas surgem, na maioria das vezes, de redes, sejam elas de colaboração direta ou da nova roupagem de velhos conceitos. O arquétipo do gênio solitário é muito mais mito do que realidade. 
 
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"O Google tem feito um bom trabalho para manter viva a cultura de uma empresa iniciante"
Sergey Brin (à esq.) e Larry Page, fundadores do Google
 
 
 Como o sr. chegou a essa conclusão? 
 
JOHNSON – Estudei a história de 200 das maiores e mais importantes descobertas científicas, tecnológicas e culturais da humanidade, como a teoria da evolução de Darwin, a invenção da luz elétrica e da prensa de tipos móveis, que deu origem à imprensa. A inovação surge em ambientes colaborativos e informais. 
 
 
 Como as ideias defendidas no seu livro podem ser aplicadas em uma empresa?
 
JOHNSON – Há muitas maneiras de fazer isso. A ideia central é descobrir uma forma de permitir que os funcionários tenham hobbies que sejam mantidos paralelamente às  responsabilidades do trabalho oficial. Muitas inovações surgem de pessoas que trabalham por longo período motivadas por suas obsessões, até que de repente elas enxergam conexão com os negócios da companhia que as emprega.
 
 
 O que mais as empresas podem fazer para criar um ambiente inovador?
 
JOHNSON – Um problema nas organizações é que elas separam as pessoas. Aquelas que trabalham no departamento de marketing ficam numa área, os engenheiros em outra, o pessoal do financeiro em outro lugar. No livro, digo que o pensamento realmente inovador surge quando as ideias cruzam fronteiras e se tornam multidisciplinares. Saindo de um domínio específico, elas podem ter novas aplicações, mais interessantes. As empresas precisam propiciar ambientes que se assemelham ao espaço do cafezinho, no qual conexões informais acontecem entre pessoas que lidam com diferentes problemas.
 
 
 O Google tem uma cultura organizacional nos moldes apregoados pelo sr. Ainda assim, a empresa tem dificuldades para emplacar projetos que transcendam sua área principal de atuação, o serviço de buscas. Qual a explicação para isso?
 
JOHNSON – O Google tem feito um bom trabalho no sentido de manter viva a cultura de uma empresa iniciante. As pessoas são estimuladas a trabalhar em projetos paralelos. A companhia tenta uma série de iniciativas diferentes ao mesmo tempo e não tem medo de falhar em público. A dificuldade em transformar esses novos projetos em negócios rentáveis só mostra a complexidade de inovar e criar mercados. Com exceção do seu sistema operacional para celulares Android, que é muito bem-sucedido, o Google ainda é basicamente uma empresa de busca que ganha dinheiro com publicidade. 
 
 
 No livro, o sr. diz que a sorte favorece a mente conectada. O que significa na prática essa afirmação? 
 
JOHNSON – Essa é uma brincadeira minha com o velho ditado “a sorte favorece a mente preparada”. Se estiver conectado a várias disciplinas e áreas de especialização, se você tiver uma gama diversificada de influências e pessoas, a probabilidade de deparar com uma ideia nova e interessante é bem maior. A diversidade não é apenas um slogan político – ela nos torna mais inteligentes. Há um estudo sobre inovação no trabalho que afirma que as pessoas mais criativas tendem a estar junto de indivíduos de outras profissões. Ficar apenas com gente de perfil semelhante ao seu o tornará menos original na maneira de lidar com os problemas. 
 
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"O fundador da Apple não se destacaria numa companhia convencional"
Steve Jobs, CEO licenciado da Apple 
 
 
 O sr. disse em outra oportunidade que, em 1650, os cafés na Inglaterra deram origem ao Iluminismo. Qual a relação desse período com a busca de ideias inovadoras?
 
JOHNSON – Antes de o café e o chá se espalharem pela cultura britânica, as bebidas alcoólicas eram a única opção. Assim, a população estava bêbada na maior parte do tempo. Tudo mudou com os cafés, e não foi por acidente que uma grande onda de inovação aconteceu na Inglaterra, a partir de 1650. As pessoas trocaram um depressor, o álcool, por uma bebida estimulante. Além disso, o café permitia que pessoas de diferentes áreas de atuação se encontrassem e conversassem. A conversa informal possibilita um ambiente incrivelmente propício a no-vas ideias e projetos.
 
 
 A competição gera a inovação? 
 
JOHNSON – Existe esse pensamento de que a competição gera a inovação. Mas a verdade é que, quando as ideias são livres para se moverem de mente para mente, quando elas não estão presas atrás das paredes do direito de propriedade intelectual ou enterradas em um laboratório de pesquisa e desenvolvimento de uma grande empresa,  são mais suscetíveis de serem partilhadas e aperfeiçoadas. Conectar ideias é mais produtivo do que protegê-las.
 
 
 A sobrecarga de informações proporcionada pela internet
atrapalha a inovação?  
 
JOHNSON – Não acredito nisso. O excesso de informação cria problemas, é claro, mas devemos desenvolver habilidades para lidar com essa realidade. Ter uma grande quantidade de informação é um bom problema. A internet é a melhor coisa do mundo para quem quer inovar. Tudo depende do interesse pessoal de cada um. A vida de quem precisa pesquisar dados complexos se tornou muito mais fácil e produtiva com a web.
 
  O sr. argumenta no livro que uma tecnologia pode contribuir para o surgimento de alguma invenção décadas mais tarde. Um exemplo é o lançamento pela URSS do Sputnik, o primeiro satélite artificial da Terra, que foi importante para a criação do sistema de GPS pelo governo dos EUA.  Que lições podemos tirar desse episódio?     
 
JOHNSON – Essa é sem dúvida uma história que contém muitos dos valores que defendo no livro. É uma maravilhosa fábula sobre a inovação. Em outubro de 1957, quando o Sputnik foi lançado, dois jovens pesquisadores americanos começaram a ouvir o sinal desse satélite. Algumas semanas depois, eles conseguiram traçar a rota e a velocidade do Sputnik ao redor da Terra. Era apenas uma experiência de dois nerds. Mas a coisa se tornou séria quando o governo americano os procurou para entender como era a experiência que eles tinham feito. O curioso é que a Marinha queria fazer exatamente o inverso do que os rapazes fizeram no experimento deles. Enquanto os garotos realizaram os cálculos a partir da Terra,  a Marinha utilizava como referência um ponto no espaço – um satélite, por exemplo –, para saber onde determinados alvos, como submarinos nucleares, se localizavam na Terra. Três décadas depois desse episódio, o ex-presidente americano Ronald Reagan tornou o GPS uma plataforma tecnológica aberta para qualquer pessoa aperfeiçoar o projeto. É graças a isso que hoje podemos, por meio de um celular, localizar o café mais próximo da nossa casa ou trabalho.
 
 
 O fundador da Apple, Steve Jobs, costuma ser citado como um exemplo de pessoa inovadora. O sr. concorda? 
 
JOHNSON – Jobs é sem dúvida uma pessoa fora de série, mas a questão a ser observada é que talentos são melhorados ou diminuídos de acordo com o ambiente no qual eles estão inseridos. Jobs é um inovador, mas ele também criou ambientes de trabalho na Apple e na Pixar, a produtora de animações em computação gráfica fundada por ele, que encorajam esse tipo de comportamento. Isso é algo tão significativo quanto suas maiores criações, como o iPod, o iPhone ou o iPad. Steve Jobs não se destacaria se trabalhasse numa companhia convencional.
 
 
 A busca incessante por inovação nos dias atuais o surpreende?
 
JOHNSON – Particularmente na internet não, porque a rede é um ambiente tão conectado e que tem tradição de permitir que ideias sejam criadas a partir de outras ideias. A web em si só foi  possível porque o seu criador, Tim Berners-Lee, foi capaz de construí-la sobre uma plataforma aberta.

site Openleaks no ar

     Nos últimas duas décadas, a World Wide Web tem crescido enormemente. Junto com tornando o método mais popular de comunicação, ele inevitavelmente também se tornou um local conveniente para o acompanhamento das acções e comportamentos do público e dos indivíduos.

Quando você colocar isso no contexto da denúncia - e, em especial, de alto perfil dos casos de denúncia - pode-se entender porque as pessoas podem ficar nervosos com divulgação de qualquer informação através deste meio. No entanto, assumindo um emprega os métodos corretos, essas novas tecnologias de comunicação tornam-se uma bênção para denúncia de irregularidades, em vez de um campo minado. É crucial para obter o direito de método, e é aí que chegamos dentro
Para entender o nosso nicho, é preciso primeiro ter conhecimento do processo envolvido na fuga digital, que consiste de duas partes que são necessários para funcionar adequadamente. Primeiro o destinatário de forma segura para receber os documentos e, segundo, ele ou ela precisa ser capaz de publicá-los de forma robusta, sem censura, e eficaz. OpenLeaks incide especificamente sobre a recepção dos dados. denunciantes habilitação para obter um documento onde eles acreditam que possa fazer algo de bom, sem medo de qualquer tipo de punição, é a essência do que estamos tentando realizar.
Assista ao nosso vídeo para uma breve descrição do processo de vazamento e como OpenLeaks funciona de forma diferente em comparação com os projectos existentes de denúncia.
Vazamento e receber vazamentos é especialmente precária se sente-se a estar em território desconhecido. Nós não apenas a intenção de fornecer uma infra-estrutura segura para a fuga, mas também para ajudar a descobrir e analisar as melhores formas de fornecer uma base jurídica sólida para os delatores e membros da comunidade OpenLeaks em suas respectivas jurisdições. Isso lhes permitirá receber e processar o material de origem. Esta informação, juntamente com o conselho puramente técnico, serão documentados no nosso abertamente acessíveis Knowledge Base, embora cada denunciante tem que estar ciente de que a informação pode ser incompleta ou desactualizada, e que devem, portanto, verificar localmente para evitar problemas legais.
Vazamento de documento, mesmo as mais profundas podem não ter qualquer impacto, se ele nunca é visto por alguém que é totalmente capaz de fazer algo sobre isso. OpenLeaks busca ativamente denunciantes contato com instituições estabelecidas que são mais propensos a fazer pleno uso desse material especificamente vazada. Estes incluem ONGs que focar, por exemplo, proteção ambiental, direitos humanos ou questões de transparência, juntamente com mais meios de comunicação tradicionais, sindicatos e grupos semelhantes, bem como outras organizações que têm uma boa razão para promover a transparência.

O processo de vazamento com OpenLeaks

Do ponto de vista do denunciante, não há diferença entre a apresentação de material válido que não é liberado, e censura. Se e como algo é liberado depende da política do partido a quem os dados são fornecidos.
Fazemos o nosso melhor para proteger a identidade de todas as partes que participam no processo de vazamento.
Dentro da nossa comunidade no entanto, é até a fonte para decidir onde e como os dados são divulgados. Damos-lhes o controle para permitir que o acesso a toda a comunidade OpenLeaks aos dados, assegurando que ele é analisado e, eventualmente, publicados, ou a fuga a um participante específico dentro da comunidade. OpenLeaks não interfere com esta decisão. Nós encaramos e antecipamos que essa mudança estrutural fundamental farão vazando muito mais oportuna e bem sucedida.
Ao final do processo de escape é o público, e apesar de não publicar material vazou a nós mesmos, não incentivar a publicação de comunicados de documento na íntegra pelos nossos membros através dos recursos disponíveis e dos multiplicadores de impacto que já estão lá fora.Na verdade, a própria comunidade se destina a desenvolver uma relação aberta entre os nossos participantes segundo o qual, se algum material vazado ser deturpado ou censurados após a publicação, seria relativamente fácil de localizar a causa. Além disso, é provável que outro membro no seio da comunidade OpenLeaks levaria o material para publicação.
Nosso objetivo é aumentar direta vazamento de socialmente localizada, e não apenas o global, as questões e equilibrar a disponibilidade ea segurança dos dados que são de potencial interesse para o público. Queremos explorar tudo o que for possível, e compartilhar as lições que aprendemos ao longo do caminho com o resto do mundo.
Assista a este espaço para obter mais detalhes sobre como a comunidade OpenLeaks funcionará, os tipos de bancos de dados (spools) é construído em cima, e uma descrição clara dos nossos modelos futuros utilizadores.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Internet cortada no Egito

Portées par l'exemple tunisien, les manifestations s'amplifient en Egypte contre le régime du président Hosni Moubarak. Ainda há poucos dias, era quase impensável: o acesso total ou quase total do corte na Internet nunca tinha sido praticado por qualquer governo, com exceção da Birmânia, cuja rede é pouco desenvolvida e onde os prestadores de serviços (ISPs) são controladas pelo Estado.
Mas em poucas horas, as autoridades egípcias conseguiram cortar o acesso a toda a rede , ordenando que os ISP impedir o acesso de DNS ambos os protocolos (Domain Name Server, que dirige o computador para os endereços locais) e BGP (Border Gate protocolo, que indica quais endereços IP são usados pelos ISP).
Enquanto muitos países autoritários criaram uma filtragem da Web baseados em DNS, usado para filtragem BGP é menos convencional. "No passado, a PMO já foi utilizado para a filtragem, mas ainda so 'cirúrgica' ", explicou Rik Ferguson , especialista em segurança para o software da empresa Trend Micro .Des gaz lacrymogènes sont tirés dans les rues du Caire, vendredi 28 janvier.
DUPLO LOCK
Na prática, as autoridades ordenaram a grandes provedores de internet do país para bloquear completamente estes dois protocolos, evitando que ambos os computadores "mover" egípcia em sites hospedados na região. "Ex" para relatar a sua existência à Internet no estrangeiro. Somente o Noor ISP ainda está conectado à rede ", ou porque não foi convocado para cortar o acesso a ela, ou porque ele se recusou a obedecer," o juiz Rik Ferguson .
Noor tem proporcionalmente poucos clientes ea empresa não estava acessível, na manhã de sexta-feira, 28 de janeiro, explicando porque o serviço ainda está operacional. Uma explicação, no entanto: Noor é o prestador do egípcio Bolsa de Valores , cujo site é um dos poucos que ainda são acessíveis, e várias grandes empresas. Segundo as observações do ISP no estrangeiro, o acesso ao sistema que gerencia a troca para o backbone da Internet tem sido mantida.
Apesar do que parece ser uma autoridades de precaução para evitar os manifestantes de se comunicar, preservando simultaneamente o seu sistema financeiro, as conseqüências deste bloqueio são multifacetados e, Rik Ferguson adverte. "O sistema de pagamento por cartão de crédito, por exemplo, depende Internet para validar as operações: agora é impossível pagar em uma loja no Egito usando um cartão de crédito ".Un manifestant devant une barricade au Caire, en Egypte, vendredi.
Um detalhe para as autoridades egípcias: as redes de telefone também foram cortados. De acordo com informações Monde.fr, estações de base localizadas em grandes cidades e nas proximidades foram cortadas tráfego incapacitante de todas as operadoras de telefonia móvel. O sistema de transmissão de SMS também foi cortada a pedido de autoridades egípcias.

Brasil é um dos países mais vulneráveis a ataques cibernéticos
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Em uma comparação feita entre 14 países, um estudo colocou o Brasil como o país que menos atualiza seus programas de defesa contra hackers e o que mais sofre chamados ataques de negação de serviço (DDoS, na sigla em inglês) - aqueles em que invasores sobrecarregam um sistema para tirá-lo do ar.

O relatório No Fogo Cruzado: As infra-estruturas essenciais na era da guerra cibernética foi produzido pelo Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês), em parceria com a fabricante de antivírus para computador McAfee.

Os pesquisadores entrevistaram 600 diretores de segurança da informação de 14 países, incluindo entre outros Estados Unidos, China, Grã-Bretanha, Índia e Rússia.



Os consultados atuam em empresas de setores financeiro, energético, de recursos naturais, telecomunicações, transportes, químico, alimentício e de serviços públicos.

Dentre os brasileiros ouvidos, 65% disseram que as leis do país não são adequadas para combater crimes virtuais. Mais de 60% acreditam que o Brasil sofrerá nos próximos dois anos um ataque cibernético que afetará seriamente algum de seus serviços essenciais, como fornecimento de energia.

Vulnerabilidade brasileira

O relatório remete ao caso do apagão elétrico no Brasil no ano passado. “Em novembro de 2009, houve reportagens na mídia dos Estados Unidos dizendo que duas interrupções no fornecimento de energia no Brasil em 2005 e 2007 haviam sido causadas por hackers, talvez como parte de um esquema de extorsão”, cita o texto.

Dias depois da publicação dessas notícias, 18 estados brasileiros ficaram sem energia. Uma das hipóteses para explicar o incidente foi um ataque de hackers que teria desligado a usina de Itaipu.

Em abril do ano passado, a companhia Telefonica também citou uma invasão de seus sistemas como justificativa para os graves problemas que seu serviço de internet rápida vinha apresentando no Brasil.

Sedundo a pesquisa do CSIS, quase 80% dos brasileiros ouvidos revelaram sofrer ataques recorrentes de negação de serviço. Nenhum outro país apresentou percentual tão elevado.

Em um índice de segurança contra ataques cibernéticos - em que 100% indica a máxima segurança possível - o Brasil ficou com 40%, um dos cinco piores resultados.

Também de acordo com o relatório, ao lado da Espanha, o Brasil é o país que menos criou restrições ao uso de pendrives. Esses aparelhos de transporte de dados são descritos pela pesquisa como uma ameaça, porque podem transmitir vírus e serem usados para roubo de dados.

Paranorama global

Mais da metade dos entrevistados disse que sofre constantes ataques de negação de serviço e roubo de dados. A informação mais surpreendente do estudo é a de que 59% dos ouvidos acreditam que os autores desses ataques podem ser governos estrangeiros. Os Estados Unidos e a China, com 36% e 33% respectivamente, foram apontados como as maiores ameaças nesse sentido.

O resultado do estudo coincide com as acusações de que autoridades chinesas teriam atacado o site de buscas Google.
O tema foi discutido durante o Fórum Econômico Mundial, na semana passada. O chefe da agência de telecomunicações da ONU, Hamadoun Touré, defendeu que o mundo precisa de um tratado internacional sobre o assunto para impedir uma guerra cibernética. "Uma ciberguerra seria pior que um tsunami, uma catástrofe (...)", declarou Touré.

Uai

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

As buchas vegetais novos designs

   Em Bonfim, cidadela a 40 quilômetros de Belo Horizonte (MG), quem não planta bucha, a transforma em arte ou em dinheiro. O município ostenta o título de Capital Nacional da Bucha e virou expoente da nova realidade do agronegócio: a diversificação sustentável da economia rural e o redescobrimento de um produto da época da vovó, que pegou carona na sustentabilidade, ganhou status de ecologicamente correto, e voltou para o mercado com preços supervalorizados. A bucha vegetal, ou bucha de metro, em sua forma mais tradicional, esponja, é forte no setor de cosméticos e invade o ramo da limpeza doméstica. Na indústria automotiva, substituiu a espuma sintética dos revestimentos de bancos de carros, e na construção civil, tornou-se material de isolamento acústico. As lavouras, que se concentravam na região de Bonfim, se espalharam pela Zona da Mata, onde o cultivo tomou o lugar do milho em ritmo acelerado.“Constatamos um crescimento de 15% em relação ao ano passado”, diz Georgeton Silveira, coordenador técnico da Empresa de Assistência Técnica e Expansão Rural de Minas Gerais, Emater/MG. “É um cultivo que se adapta bem na região e tem grande demanda no mercado, visando a vários segmentos industriais.” Segundo a Emater, os itens que atraem os produtores são o preço do produto ante o custo de produção, R$ 35/dúzia a venda para R$ 10/dúzia de custo, e a produtividade, que gira em torno de 1.000 a 1.200 dúzias/hectare.
Quem começou a espalhar as lavouras de bucha pela Zona da Mata foi Sylvio Lanna. Há 12 anos, ele herdou 90 hectares de terras da família e decidiu tornar-se empreendedor rural. “Eu não tinha ideia do que fazer com aquelas terras e disseram que a bucha era rentável, que se adaptaria bem ao clima e que dava igual chuchu na cerca”, brinca. “O cultivo da bucha tem um papel fundamental na questão ambiental e reflete diretamente na economia.” Sua intenção é formar um novo polo produtivo na região. O trabalho começou com a distribuição de sementes aos vizinhos e depois, para fazendeiros do Estado inteiro. Fora de Minas, ele vende o quilo da semente a R$ 100. “A bucha vegetal brasileira é um produto que tem demanda mundial”, frisa o agricultor.
Apesar de sua produção atender a indústria cosmética, o foco de Lanna é o setor de limpeza, segmento que ele considera carente de soluções sustentáveis. “O momento é crucial para este setor, que precisa de alternativas sustentáveis para substituir as esponjas sintéticas”, alerta. Além da propriedade particular, Lanna criou a lavoura de cotas Buchal da Lagoa, em Urucânia, em parceria com 12 empresários. “Cada sócio aportou R$ 2 mil no parreiral, que está na primeira safra. O objetivo é promover um rodízio para colhermos bucha o ano todo e atender à demanda crescente”, explica. De início, o Buchal da Lagoa conta com 15 hectares, mas em 2011 deve atingir 25 hectares. “Queremos 25 safras anuais.”
 fotos: HUMBERTO FRANCO 

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A volta dos interesses pela ecovilas e alimentação natural


  
 Os homens vivem em busca de paz e manutenção de boas condições de vida mas precisa de vida comunitária sadia coisa que não encontra nas cidades ditas grandes onde a competição se acirra cada dia que passa, nas comunidades que se formam nas zonas ditas rurais e em novos assentamentos que vão se formando são idéias que fazem com que a vida seja mais saudavel para muitos que descobrem o valor da natureza.