Quem começou a espalhar as lavouras de bucha pela Zona da Mata foi Sylvio Lanna. Há 12 anos, ele herdou 90 hectares de terras da família e decidiu tornar-se empreendedor rural. “Eu não tinha ideia do que fazer com aquelas terras e disseram que a bucha era rentável, que se adaptaria bem ao clima e que dava igual chuchu na cerca”, brinca. “O cultivo da bucha tem um papel fundamental na questão ambiental e reflete diretamente na economia.” Sua intenção é formar um novo polo produtivo na região. O trabalho começou com a distribuição de sementes aos vizinhos e depois, para fazendeiros do Estado inteiro. Fora de Minas, ele vende o quilo da semente a R$ 100. “A bucha vegetal brasileira é um produto que tem demanda mundial”, frisa o agricultor.
Apesar de sua produção atender a indústria cosmética, o foco de Lanna é o setor de limpeza, segmento que ele considera carente de soluções sustentáveis. “O momento é crucial para este setor, que precisa de alternativas sustentáveis para substituir as esponjas sintéticas”, alerta. Além da propriedade particular, Lanna criou a lavoura de cotas Buchal da Lagoa, em Urucânia, em parceria com 12 empresários. “Cada sócio aportou R$ 2 mil no parreiral, que está na primeira safra. O objetivo é promover um rodízio para colhermos bucha o ano todo e atender à demanda crescente”, explica. De início, o Buchal da Lagoa conta com 15 hectares, mas em 2011 deve atingir 25 hectares. “Queremos 25 safras anuais.”
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