Juntas, elas promovem o curso “Building a High Growth Business” (Construindo uma empresa de alto crescimento), que tem como objetivo mostrar o caminho das pedras aos empreendedores em potencial.
Com duração de uma semana, o programa inclui aulas de professores da escola americana e donos de empresas que contam os principais desafios do cotidiano de um negócio. Todo o conteúdo será adaptado para a realidade brasileira. O curso acontece na sede da universidade, nos Estados Unidos, e custa 2 mil dólares, incluindo hospedagem e café da manhã.
A governança corporativa é também tema de outro curso da Bolsa. Prevista para o dia 18, a aula custa 750 reais e vai tratar de boas práticas para acionistas e conselho de administração. As inscrições vão até o dia 17, no site da instituição.
O segredo de um bom roteiro é falar às emoções mais básicas de cada um de nós. A arte imita a vida e, por isso, histórias sobre dinheiro, negócios e, mais recentemente, investimentos têm iluminado as telas. Além de entreter, essas obras podem trazer bons ensinamentos na hora de dirigir suas finanças. Pensando nisso, DINHEIRO perguntou aos especialistas quais títulos que não podem faltar na filmoteca de nenhum investidor. Confira a lista de quem merece um Oscar:
Filmes: Up – Altas aventuras (2009) e À procura da felicidade (2006)
O que ensinam: estabelecer objetivos financeiros e mantê-los
Antes de aplicar o dinheiro, é preciso ganhá-lo e poupá-lo, diz o educador financeiro Reinaldo Domingos, presidente do Instituto DSOP. Como criar e manter o hábito da poupança não é fácil, ele sugere estabelecer objetivos no curto, médio e longo prazos.
Esse é o sentido do desenho animado Up - Altas Aventuras, que conta a história de um homem que sonha em viajar e conhecer pontos exóticos da América do Sul e realiza esse sonho no fim da vida.
Up - Altas aventuras: Animação mostra a importância dos projetos de longo prazo
“Ele mostra que é importante lutar por um sonho, ainda que sua realização seja difícil”, diz. À Procura da Felicidade relata a história dramática de um desempregado que se dedica ao filho e vira corretor de valores por acaso, tornando-se milionário.
“Apesar das dificuldades, é possível alcançar o sucesso financeiro se houver foco e dedicação aos objetivos”, diz Álvaro Modernell, diretor da empresa de educação financeira Mais Ativos.
Filmes: Wall Street (1987) e Wall Street: O dinheiro nunca dorme (2010)
O que ensinam: como o mercado funciona
O papel do inescrupuloso e implacável especulador Gordon Gekko não rendeu apenas um Oscar de Melhor Ator a Michael Douglas em 1987. Também consolidou a imagem de Wall Street como um endereço onde vale quase tudo para ganhar dinheiro.
“Os filmes mostram muito bem os surtos de euforia no mercado e a formação de bolhas”, diz o economista Ricardo Amorim. Ele afirma que conhecer essa história é fundamental para entender o funcionamento dos mercados hoje.
A continuação trata da crise financeira de 2008, mas não esgota o assunto. “O grande filme sobre a crise ainda não foi feito, ainda será preciso esperar alguns anos para que esses acontecimentos estejam em uma perspectiva melhor”, diz Fábio Nogueira, diretor e empresa de securitização imobiliária BFRE.
Cinéfilo de carteirinha, Nogueira lembra que a trajetória do cinema ensina uma importante lição econômica. “Muitos diziam que a televisão e as novas tecnologias iriam acabar com o cinema, mas ele se reinventou, se fortaleceu e vem batendo recordes de audiência”, diz.
Filme: Trabalho interno (2010)
O que ensina: o impacto da crise financeira sobre o governo americano
O documentário Trabalho interno levou o Oscar da categoria em 2011 e chamou a atenção do grande público para a crise financeira internacional. “Esse prêmio é muito positivo, pois coloca em evidência os problemas do mercado financeiro, está cada vez mais popular no Brasil”, diz Alcides Leite, professor de economia da Trevisan Escola de Negócios.
Ao demonstrar como universidades e governo se emaranharam em programas de socorro ao sistema financeiro, o documentário mostra as relações estreitas – e freqüentemente perigosas – que envolvem autoridades e bancos.
Filme: Babel (2006)
O que ensina: o efeito da globalização na vida cotidiana
A turbulência financeira foi amplificada pelos vínculos cada vez mais estreitos entre os diversos países. “Babel mostra como um evento no Japão está ligado a outro no Marrocos e com os mercados não é diferente”, diz Luiz Alberto Machado, vice-diretor da faculdade de economia da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). Entusiasta do cinema, ele usa trechos de filmes em sala
de aula.
Filmes: Enron: Os mais espertos da sala (2005) e O primeiro milhão (2000)
O que ensinam: como empresas e operadores montam suas fraudes
Nem só de heróis vive o cinema. Histórias não edificantes também são úteis para alertar o investidor sobre os perigos do mundo do dinheiro. Dois exemplos são Enron: Os mais espertos da sala, que conta a história do processo que levou a empresa americana de energia Enron Corporation à falência, e O primeiro milhão, em que um jovem consegue um emprego numa corretora de investimentos e enriquece rapidamente. “Eles explicam o que são ativos podres e o que pode acontecer de errado no mercado”, diz Leite, da Trevisan.
Filme: A rede social (2010)
O que ensina: como uma empresa chega ao mercado
O processo de nascimento de uma empresa de muito sucesso, o Facebook, de Mark Zuckerberg, é o assunto de A rede social, também premiado no Oscar, que conta a história da criação do Facebook.
“A rede social mostra aspectos importantes para quem quer entender o mundo corporativo, como é o processo de formação de um negócio e a proporção que ele pode tomar”, diz Ricardo Amorim.
Filme: Os delírios de consumo de Becky Bloom (2009)
O que ensina: os males do consumo desenfreado
A contenção de gastos também é fundamental para quem será um futuro aplicador. Gastar demais é a receita infalível para o desequilíbrio financeiro. Modernell, da Mais Ativos, recomenda Os delírios de consumo de Becky Bloom. “O filme mostra como o consumismo desenfreado e a falta de planejamento financeiro podem se tornar um problema pessoal”, diz ele.
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