sexta-feira, 2 de setembro de 2011

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Anefac: redução da Selic terá efeito pequeno no crédito

Por Circe Bonatelli

A redução da taxa básica de juros (Selic) de 12,5% para 12% ao ano, anunciada ontem pelo Banco Central, terá um efeito pequeno nas operações de crédito. A avaliação é da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), que divulgou hoje uma projeção do impacto da queda da Selic sobre as taxas cobradas nos empréstimos a consumidores e empresas. De acordo com a entidade, o efeito será reduzido porque "existe um deslocamento muito grande entre a taxa Selic e as taxas cobradas do consumidor".

Pelas projeções da Anefac, a redução da Selic fará a taxa média de juros cobrada no comércio cair de 94,49% ao ano para 93,61% ao ano. Assim, o consumidor que comprar uma geladeira de R$ 1.500 parcelada em 12 vezes terá o custo final diminuído de R$ 2.111,76 para R$ 2.107,20 (redução de apenas R$ 4,56), segundo simulação da Anefac.

A taxa média de juros para o financiamento de automóveis, por exemplo, deve passar de 32,46% para 31,84% ao ano. Em outra simulação, a Anefac mostra que o consumidor que adquirir um carro de R$ 25 mil parcelado em 60 meses (5 anos) terá o custo final reduzido de R$ 47.103,00 para R$ 46.667,40, uma queda de R$ 435,60.

Outras linhas de crédito para pessoa física também vão sentir o efeito da redução da Selic, ainda que pequeno. A taxa média de juros do cartão de crédito deve cair de 238,30% para 236,83% ao ano, enquanto a do cheque especial deve recuar de 159,48% para 158,33% ao ano. Já a taxa média de juros dos empréstimos pessoais com bancos deve cair de 72,93% para 72,14% ao ano, enquanto a taxa média da mesma modalidade contratada em financeiras deve baixar de 191,98% para 190,70% ao ano.

Para as empresas, o impacto da redução da Selic também será pequeno. Nos cálculos da Anefac, a taxa média de juros em operações de capital de giro deve passar de 43,74% para 43,08% ao ano. A taxa média para desconto de duplicatas deve cair de 45,59% para 44,92% ao ano, enquanto a taxa média para conta garantida vai recuar de 98,95% para 98,05%.

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