A greve dos bancários, que já passou de duas semanas, já começa a prejudicar o comércio, segundo o assessor econômico da Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), Fábio Pina.
"Os efeitos da greve não dependem apenas de os bancos oferecem alternativas ou não, mas do tempo da paralisação", diz Pina. "Se tivesse durado um ou dois dias, não haveria tantos problemas."
Um dos pontos é o acúmulo de dinheiro em caixa. "Essa é uma questão, principalmente, de segurança. O ideal é o comerciante ir fazendo depósitos aos poucos no caixa eletrônico, para deixar o mínimo possível de dinheiro em caixa", sugere.
O assessor econômico da Fecomercio aconselha o comerciante, ainda, a tentar pagar os fornecedores em dinheiro. E nunca levar o dinheiro para casa. "Isso apenas transferiria o risco de um lugar para o outro."
Fábio Pina diz que a greve dos Correios, que durou quase um mês, também causou transtornos aos comerciantes. O Tribunal Superior do Trabalho determinou que os funcionários dos Correios devem retornar ao trabalho nesta quinta-feira (13).
Além de terem dificuldade para pagar contas –inclusive de serviços que podem ser suspensos por falta de pagamento-, os lojistas viram também seus custos aumentarem, uma vez que tiveram de optar por outras formas de envio de produtos e documentos, contratando empresas de entrega ou motoboys.
A greve da economia
A atriz iraniana Marzieh Vafamehr foi condenada às penas de 365 dias de prisão e 90 chibatadas.
Marzieh Vafamehr não teve a mesma sorte da atriz Golshifeth Farahani que conseguiu, depois de condenada a seis anos de cárcere e uma centena de chibatadas, deixar Teerã e fugir para Paris.
Desde julho, Marzieh Vafamehr está presa e só pode se comunicar com o advogado, -- que disse que apelará da sentença--, e um familiar.
Para difundir o medo e humilhar o condenado e os seus familiares, as chibatadas são públicas. Mais ainda, o carrasco golpeia com força. No domingo passado, um estudante de direito foi tirado da cela do temido presídio de Evin (Teerã) e, em praça pública, recebeu 70 chicotadas. Ficou horas no local, pois não conseguia andar depois de golpeado. Um efeito não esperado da condenação de Marzieh Vafamehr surpreendeu o presidente Marmud Ahmadinejad e o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei. É que uma avalanche de filmes piratas circula pelo Irã e a guarda xiita que reprime atos contra a moral e os bons costumes não consegue realizar as apreensões.
Cópias piratas, segundo analistas de inteligência do Ocidente, poderão penetrar por todo mundo árabe e tentar que já sentiu a força da Primavera Árabe.
O filme estrelado por Marzieh Vafamehr começa com a polícia de costumes a invadir o apartamento onde se realiza uma festa e surpreende homens e mulheres a dançar. Um dos policiais berra às jovens: “ Vocês pensam que estão na Europa? Se cubram, já”. Logo depois, determinam que os homens se afastem das mulheres.
Com a exibição proibida em todo o Irã, o filme leva o título de “My Teheran for sale” (Minha Teerã em saldo, venda). Ele conta a história de uma jovem que, depois de ver o teatro fechado pela polícia dos costumes, passa a viver na clandestinidade para poder se expressar artisticamente.
Pano Rápido. Os obscurantistas responsáveis pelo teocrático estado iraniano continuam a perseguir os artistas e todos que descumprem as proibições como, por exemplo, ingerir bebidas alcoólicas. E usuários de drogas proibidas são dados, muitas vezes, como traficantes e enforcados publicamente.
Poucos dias atrás, a Anistia Internacional soltou nota contra a prisão de seis documentaristas iranianos: “As autoridades iranianas irritam-se contra a cinematografia”. Os documentaristas são acusados de denegrir a imagem do Irã dos aiatolás.
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Sylvia Demetresco, acadêmica da área e profissional brasileira de renome no exterior, o objetivo central de uma vitrina (isso mesmo, com a vogal “a” ao final), é elevar o produto ao status de “estrela” perante os olhos dos consumidores, “a última chance que a marca tem de seduzir e impressionar o público”, ou seja, é ferramenta essencial para turbinar vendas em qualquer setor.
Para que se crie uma vitrina de impacto e inovadora o suficiente para ser, de fato, notada, ela explica que é preciso associar a apresentação do produto, uma série de elementos, que desde cores e texturas, passando por uma iluminação técnica e lisonjeira até a escolha dos manequins, que devem corresponder ao público alvo da marca, “seja na gestualidade ou formato do corpo”.
Sylvia, que também atua como editora de uma das maiores publicações internacionais de VM do mundo, a revista Inspiration, e faz parte do time de fundadoras do Instituto Merchandising Brasil, vive na França há dez anos onde dá aulas em disciplinas relacionadas ao mercado do luxo e VM. Em uma conversa com EXAME.com, Sylvia, que há 40 anos trabalha no setor, falou sobre as estratégias para criar uma vitrina de sucesso e o mercado VM no Brasil e no mundo.
Exame.com - Quais elementos não podem faltar em uma vitrina para que ela atinja seu objetivo?
O professor franco-suíço Dominique Turpin, presidente do IMD, a principal escola de negócios suíça, conhece muito bem o Brasil por receber, anualmente, um grande número de executivos de empresas brasileiras. Profissionais da Vale, Suzano, Odebrecht e Natura, entre outras, já se sentaram nos bancos da escola, em Lausanne, na Suíça francesa, em busca do conhecimento global que a escola oferece. “Mais de cinco mil executivos brasileiros já passaram por aqui nas últimas décadas”, diz Turpin, que vai inaugurar um centro de pesquisa do IMD no País. Fã do Brasil, Turpin avalia, contudo, que o País não trata com seriedade o comércio internacional de produtos de maior valor agregado. “O Brasil está longe de explorar seu potencial global porque as companhias se acomodaram na estratégia de dominar o mercado doméstico”, afirma. Um risco, diz ele, uma vez que a economia no Brasil é a mais aberta de todos os BRICs. “Isso torna as companhias brasileiras mais vulneráveis a investidas de estrangeiros.”Sylvia: Luz. Tudo pode estar perfeito, mas se a iluminação não for bem estudada, como num teatro, a cenografia não terá o impacto necessário. Além disso, é preciso pensar nas cores a serem usadas e prestar atenção nos mínimos detalhes da montagem. É um trabalho longo e que exige que sua preparação seja feita com antecedência.
DINHEIRO – Percebemos mais interesse, hoje, por educação para os negócios no Brasil do que no passado. Como o IMD avalia essa demanda?
Domingo na praça em Wall Street
De Nova York
Parece uma enorme contradição. Mas o McDonald’s e o Burger King localizados nas imediações da praça Zuccotti, no Distrito Financeiro de Nova York, ficam apinhados o dia todo. No entanto, os quase mil manifestantes que ocupam a área localizada a poucos blocos de Wall Street e se identificam como críticos ferrenhos das grandes corporações não estão se alimentando no QG inimigo.
Mas a concentração humana na praça, quatro semanas depois da dúzia de pioneiros anunciar que só sairia da propriedade da Brookfield (uma das maiores empresas do setor imobiliário dos EUA) quando o setor financeiro pagasse a conta pelo débâcle financeiro da maior economia do planeta, gerou a única prova clara da desorganização do “Ocupem Wall Street”: a falta de banheiros para atender às quase dez mil pessoas – nas estimativas dos organizadores – que circulam pelo local, localizado ao lado do terreno em que ficavam as torres gêmeas do World Trade Center.
“Mas este é o único porém. Confesso que estava preocupada em dormir no meio de Manhattan, na rua, mas a experiência está sendo sensacional. O silêncio é absoluto depois das dez da noite e assim que acordamos fazemos meditação e ioga. Este é, de longe, o exercício democrático mais saudável de que participei”, disse Elizabeth Albrecht, 29 anos, que acaba de se formar em Psicologia na Universidade da Virgínia e chegou à praça na sexta-feira com um grupo de militantes disposto a aprender com a experiência do “Ocupem Wall Street” a fim de bisá-lo já esta semana em Richmond, a capital do estado sulista.
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Seu companheiro Darrick Gregory, 23 anos, recém-graduado em Geografia pela mesma universidade, conta que o grupo já conta com 300 participantes e já se chegou a um consenso sobre o local a ser ocupado na cidade. “Anunciaremos no dia da ocupação. E vamos unir nossas vozes a causas locais, como o combate ao projeto de lei que pretende dificuldade a possibilidade de aborto em clínicas públicas em todo o estado. Aprendemos aqui que nossa força vem do fato de não termos um objetivo específico, sonhamos alto, queremos mudar o funcionamento da democracia americana. O que nos alimenta é o nosso descontentamento e uma exigência, a de que nossa voz seja de fato ouvida”, diz, calmo, feliz da vida com o calor de verão em pleno outubro, como se os céus conspirassem para ajudar os moradores de rua mais barulhentos da cidade.
A organização do “Ocupem Wall Street” segue jogando por terra os argumentos dos setores de esquerda incomodados com a ausência de lideranças e de uma plataforma mais definida para o movimento. Se não há lista de demandas, basta olhar em volta para perceber que a praça é uma cidade em miniatura, onde o ideário hippie se encontra com as mídias sociais características da geração Steve Jobs. No centro da praça há uma cozinha comunitária, um sucesso de administração e bom gosto. A água é reciclada. Há uma livraria comunitária, com títulos que vão do gibi do Batman, a biografia recém-lançada do teórico da comunicação canadense Marshall McLuhan (1911-1980), clássicos das ciências sociais e políticas e livros de ficção da moda.
Na extremidade setentrional da Zuccotti, um telão mostra o site oficial do movimento e o número de pessoas, também via Facebook e Twitter, que se declaram simpatizante do “Ocupem Wall Street”. Até o momento em que esta reportagem era fechada, 440 mil pessoas dos quatro cantos do planeta afirmavam concordar com a “real democracia, a luta pela justiça social e um fim à corrupção”.
Na manhã do domingo em que a reportagem da Carta Capital passeou pela rebatizada “praça da liberdade” o filósofo esloveno Slavoj Zizek dava uma palestra para a multidão que o ouvia em um quase-silêncio quebrado por gritos excitados e murmúrios de aprovação. Zizek participou da assembléia-geral do “Ocupem Wall Street”, que acontece diariamente, sem o uso de microfones. A voz do professor-visitante da Universidade Colúmbia foi repetida em coro pelos moradores da praça, com alguma dose de emoção. Camiseta vermelha, barba longa, o acadêmico agradou: “Eles nos dizem que somos sonhadores. Não somos sonhadores! Estamos acordando de um sonho que está se transformando em um pesadelo. Nós não estamos destruindo nada. Somos apenas testemunhas da destruição autofágica do sistema. Todos conhecem a imagem clássica dos quadrinhos, do carrinho à beira do precipício. Nós somos as pessoas dizendo a Wall Street: êi, olhem para baixo!”, discursou, recebendo uma saraivada de palmas e gritos entusiasmados da plateia.
Celebridades outras já passaram pela praça desde que a repressão policial – com quase 700 manifestantes presos em uma marcha na Ponte do Brooklyn no fim de semana passado – colocou o “Ocupem Wall Street” na pauta do dia dos EUA. Susan Sarandon e Michael Moore circularam, com sucesso, pela área. E a líder da minoria governista na Casa dos Representantes – equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil -, Nancy Pelosi, saiu em defesa do grupo no domingo, em entrevista a Christiane Amanpour, em seu programa semanal de entrevistas na rede ABC, afirmando ser justa a sensação de insatisfação dos manifestantes, que “tem uma mensagem bem clara: é preciso mudar o que está aí”.
O “Ocupem Wall Street”, que já se espalhou por dezenas de cidades do país – além dos jovens de Richmond, passaram o fim de semana na praça manifestantes de Washington, Portland, no Oregon, Los Angeles, Austin e Boston, dispostos a aprender com os nova-iorquinos como incrementar as mobilizações populares – poderia funcionar como pressão popular para a aprovação do plano recém-anunciado pelo governo Obama de investir 447 bilhões de dólares a fim de criar empregos no país (a taxa de desemprego segue na casa dos 9%), financiado por um aumento de taxas entre os mais ricos da nação.
A mensagem central do “Ocupem Wall Street”, presente em todas as marchas do grupo, é de representatividade óbvia – “somos os 99% que pagam impostos” – e de oposição ao abono de pagamento de impostos aos que ganham mais de 250 mil dólares, política fiscal criada no governo Bush II com o objetivo de esquentar a economia do país.
“Hoje é meu primeiro dia aqui, e estou muito bem impressionado. Vou voltar todos os dias. A matemática é simples: precisamos parar de financiar o almoço de 200 dólares do pessoal de Wall Street. Eles precisam pagar mais, a desigualdade social não pode crescer ainda mais no governo Obama!”, disse Brian Crosby, 30 anos, cozinheiro de um restaurante da cidade e crítico da semântica neoliberal, que, em sua visão, humaniza as corporações e valoriza os consumidores em detrimento dos cidadãos.
“Quem tem dinheiro, pode, quem não tem, vem pra praça. O problema é que cada vez mais aumenta o número dos lesados pela democracia americana. Nós só vamos crescer, você vai ver!”, promete Joe Fionda, 27 anos, relaxado na “praça do povo”, literalmente, segundo o bem-humorado nova-iorquino, “de frente para o crime”.
São Paulo – “Não dê presentes, dê futuro”, aconselha o consultor Mauro Calil quando o assunto é Dia das Crianças. O discurso de planejador financeiro casa com o de pai, no caso dele. Preocupado com o futuro dos filhos, Mauro não os presenteia, nas datas especiais, com roupas, brinquedos ou eletrônicos, mas sim com ações. E não está sozinho. Cada vez mais os pais se preocupam em investir em nome dos filhos, de forma a garantir recursos para os estudos superiores ou o início de sua vida profissional.
Os dados da indústria de fundos de previdência privada voltados para menores – uma aplicação interessante destinada a crianças e adolescentes – comprovam isso. De acordo com o Itaú Unibanco, o mercado para esse tipo de produto tem crescido entre 25% e 28% por ano, nos últimos anos. Para quem quer investir por conta própria no futuro dos filhos, porém, o Tesouro Direto é também uma excelente opção. Quem começa a poupar desde o nascimento dos rebentos, pode formar uma polpuda poupança para, lá na frente, pagar a faculdade, a pós-graduação, um intercâmbio ou mesmo começar um negócio.
Para quem acha a estratégia de substituir presentes por aplicações financeiras um pouco fria, Mauro Calil argumenta: “as crianças, principalmente as mais novas, já ganham brinquedos e roupas dos avós, dos tios. Não tem prova de amor maior do que dar boas condições educacionais e financeiras para o seu filho. Não tem a ver com transformá-lo em alguém que não valoriza o dinheiro e o trabalho. Trabalhar é uma questão de valores, não de quanto se tem na poupança”, diz o consultor.
Vale lembrar que esse tipo de aplicação só deve ser feita por quem já investe para a própria aposentadoria. Afinal, de nada vai adiantar se os pais acabarem onerando os filhos na velhice. Mas quem deseja presenteá-los com investimentos sem deixar as datas comemorativas passarem em branco, fica o conselho de Mauro Calil: “Não pergunte ao seu filho o que ele quer ganhar, simplesmente dê o que você pode dar”. Conheça, a seguir, os presentes financeiros que você pode dar a seu filho.
Fundo de previdência privada para menores
Os planos de previdência infantis são voltados para crianças e jovens com idade até 21 anos, sendo possível abrir um plano em nome da criança logo após seu registro, mesmo que ela ainda não possua CPF. Os pais serão apenas responsáveis pelos aportes financeiros, que entre os brasileiros, costumam variar entre 100 e 200 reais mensais. Disponíveis nas modalidades Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), esses planos dispões de vantagens tributárias similares às dos planos tradicionais: a tabela regressiva de IR, com alíquota mínima de 10% após 10 anos de investimento, e a possibilidade de abater os aportes num valor de até 12% do IR, no caso dos PGBLs.
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