Há um ano, durante uma conversa com o pai, o empresário alemão Florian Hagenbuch, naturalizado brasileiro, teve uma ideia: criar uma plataforma online de serviços gráficos. O jovem de 26 anos e seu amigo, o economista húngaro Mate Pencz, de 27 anos, queriam empreender no Brasil e começaram a estudar como fazer isso. Em 2012 os dois colocaram no mercado um serviço de baixo custo focado para pequenas e médias empresas. Mas a plataforma também atraiu grandes companhias como Google, General Electric, Netshoes, Azul Linhas Aéreas e Dafiti. Até agora a Printi atendeu três mil clientes e faturou R$1,2 milhão nos primeiros seis meses de atuação.
Florian Hagenbuch e Mate Pencz
A gráfica online tem um portifólio com mais de 6 mil itens, que vão desde os mais simples como cartão de visita, papel timbrado e panfletos, até mais complexos como revistas e catálogos. O cliente faz tudo pela internet: escolhe o produto, faz cotação de preço, paga e acompanha todo o processo de impressão. “É mais cômodo, pois a pessoa não precisa ligar para a gráfica, nem levar pendrive com o arquivo presencialmente”, diz. Segundo o empreendedor, a empresa cresce entre 10% e 25% ao mês. A projeção de faturamento a partir de dezembro deste ano é ambiciosa: R$1 milhão por mês, o que significa uma receita anualizada de R$12 milhões.
Para tirar a ideia do papel, os jovens tiveram a ajuda dos fundos de investimento Greenoaks Capital Management e Riverwood Capital Group. E dos investidores-anjo: Fabrice Grinda, fundador da OLX; Joe Lonsdale, do PayPal; Kai Schoppen, da Brandsclub e Florian Otto, do Groupon. No total, a Printi recebeu R$ 2,5 milhões para iniciar as operações. Parte deste valor está sendo usado para aumentar o portifólio de produtos, melhorar o fluxo operacional da gráfica e em publicidade. “Estamos entrando no ramo de marketing com banners e outdoors”, disse Pencz. Os empresários já prospectam a atuação em outros países da América Latina no próximo ano.
Uma ferramenta de busca que encontra dispositivos conectados à internet está causando pânico na web. E por “dispositivos” é possível incluir babás-eletrônicas, câmeras de segurança, estações de tratamento de água e até usinas nucleares.
Batizada de Shodan, em referência ao terrível computador do jogo System Shock, a ferramenta foi desenvolvida por John Matherly em 2009 e hoje tem um banco de dados de mais de 1,5 bilhão de dispositivos, segundo números da revista Forbes.
A ideia inicial do inventor, explicou a revista, era oferecê-la para grandes empresas como Cisco ou até a Microsoft, por exemplo, que a usariam para rastrear o planeta em busca de dispositivos da concorrência.
Mas ao invés de chamar a atenção das grandes corporações da tecnologia, a criação de Matherly se tornou um prato cheio para hackers mal-intencionados que têm se aproveitado de vulnerabilidades de tais dispositivos, e da falta de conhecimento de seus usuários, para invadir e tomar controle de câmeras de segurança, por exemplo, em lares, hospitais e até creches.
De acordo com a CNN, especialistas de segurança avaliaram a ferramenta e o que encontraram foi um cenário alarmante e assustador. Uma simples pesquisa realizada pela CNN retornou com os sistemas de controle de um parque aquático, crematórios e usinas nucleares.
A reportagem também procurou por “default password” e encontrou milhares de impressoras, servidores que usam “admin” como nome de usuário e tem como senha a famigerada sequência “1234”. Ou seja, estavam prontos para serem invadidos.
A Forbes lembra, contudo, que a tarefa de encontrar os dispositivos não é para qualquer um. É necessário saber dados específicos dos aparelhos e os resultados mostrados incluem protocolos de internet.
Ainda sim, aqueles que tiverem os conhecimentos necessários podem se aproveitar das “facilidades” oferecidas pela ferramenta, pelos dispositivos e por seus usuários, para fazer o que quiserem.
Como exemplo de estrago que é possível ser feito com a ferramenta nas mãos erradas, a revista cita o caso de um americano chamado Marc Gilbert.
Uma noite, Gilbert ouviu uma voz adulta e desconhecida saindo do quarto de sua filha de dois anos. Quando chegou, descobriu que a voz era de um hacker que havia invadido a babá-eletrônica.
Shodan
Segundo a Forbes, Shodan funciona em um modelo “fremium”. É possível acessá-la gratuitamente, mas a ferramenta retornará com apenas 10 resultados. Atualmente, cerca de 10 mil usuários pagam uma taxa de cerca de 20 dólares, mas que dá acesso a mais de 10 mil resultados por busca. Usuários corporativos, como firmas de segurança, por exemplo, tem acesso a toda a base de dados de Shodan.
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