quarta-feira, 16 de março de 2011

Mídias sociais causam mais danos a marcas que Procon

Casos como o da Brastemp e o da Renault mostram como redes sociais potencializam o efeito negativo do desrespeito ao cliente




Twitter for Android

Insatisfeitos, clientes começam a buscam novas formas de impactar as marcas pelas quais são prejudicados

Em janeiro deste ano, as críticas de um consumidor contra a fabricante de eletrodomésticos Brastemp levaram a empresa a figurar entre os quatro assuntos mais comentados do mundo no Twitter. Nesta semana, o amargo papel foi representado pela Renault. Cansada de esperar durante quatro anos pela atenção da companhia para resolver seu problema, uma consumidora criou um site e gravou vídeos em que conta e compartilha em redes sociais sua indignação com o descaso da marca.

Provas indiscutíveis de que as empresas ainda estão falhando em questões fundamentais como o atendimento ao cliente, os dois casos são também emblemáticos porque colocam a reputação das empresas envolvidas em questionamento.

A escolha por compartilhar a insatisfação na web mostra que os consumidores estão muito mais atentos aos canais de comunicação que têm à sua disposição do que as empresas. E mais, estão cientes de que quando a reputação de uma marca é afetada, o problema é “mais embaixo”, e ela tende a ser mais ágil para amenizar a situação.

O site Reclame Aqui, que atua como um canal online direto de comunicação entre consumidor insatisfeito e marca, registrou em 2010 uma média de 4 milhões de visitas por mês, número quatro vezes maior do que o alcançado em 2009 e também superior à contagem de atendimentos realizados pelo Procon – Procuradoria de Defesa do Consumidor - neste ano, fechada em 630 mil. Isso aponta para uma mudança no comportamento dos consumidores e deve ser visto com atenção pelas marcas.

“Quando o consumidor vai reclamar por telefone ou vai em uma loja física para reclamar de alguma coisa, ele é bastante complacente, mas quando esse mesmo consumidor entra em uma rede social ou qualquer outra rede na web, ele se transforma, usa muita força no que diz e apela mais, colocando detalhes da má experiência que teve. Então esse impacto é muito grande para as marcas”, diz Maurício Vargas, diretor geral do Reclame Aqui.

Para André Telles, CEO da agência Mentes Digitais, dificilmente uma ação no Procon impacta tão negativamente uma marca se comparada ao compartilhamento dessa mesma insatisfação nas redes sociais: “Uma reclamação pode ir para frente no Procon, mas apenas como um fato isolado, e por isso não afeta tanto a marca. Mas quando cai nas redes, impacta muito. Os consumidores estão dando exemplo de como utilizar as ferramentas multimídia para reclamar seus direitos.”

Um recente estudo da E.Life, empresa de inteligência de mercado e gestão do relacionamento em redes sociais, monitorou o termo #Fail no Twitter por um período de três meses. Os resultados da pesquisa mostraram que as categorias de empresas mais criticadas no Twitter foram as mesmas mais reclamadas também no Procon.



Ou seja, as redes sociais são hoje um canal natural de autorregulamentação no tratamento do consumidor, como explica Alessandro Barbosa Lima, presidente da E.Life. Apesar de não serem um canal oficial como o Procon, agem como potencializadores na relação da marca com o consumidor, afetando tanto para o bem quando para o mal.

“Com certeza as redes sociais e o Reclame Aqui estão modificando o relacionamento com o consumidor, porque eles estão presentes também no pré-compra. O Procon é presente apenas na repercussão negativa, no pós-compra negativo. A Brastemp, por exemplo, foi parar nas redes sociais porque uma pessoa colocou ela lá, e outras pessoas confirmaram a experiência negativa.”

As reclamações de clientes em redes sociais se tornam cada vez mais efetivas na resolução dos problemas não só porque expõem o desrespeito de uma marca com seu cliente, afetando na credibilidade da companhia, mas sobretudo porque têm um sentido de permanência. O mesmo marketing que uma década atrás era feito boca a boca, hoje é feito também na rede. A diferença é que o que é comentado permanece online, disponível para acesso e pesquisa.

“As informações publicadas em 2004, na abertura do Orkut no Brasil, por exemplo, podem ser consultadas hoje, em 2011, e podem ser tomadas como verdade, mesmo que a empresa já tenha mudado”, diz Barbosa Lima. “O que estamos vendo hoje é que o SAC, em tempos de redes sociais, é feito com uma plateia.Virou praticamente um ‘reality show’. Então acaba sendo hoje bem mais sensível para uma empresa do que era nos anos 90. O que as empresas ainda não entenderam é que o SAC hoje é o novo marketing, e se esse canal não atua bem em redes sociais, ele tá prestando um mau serviço em público.”

O aumento da incidência do plágio - apropriação indevida da obra intelectual de outra pessoa - em produções científicas vem preocupando pesquisadores em todo o mundo. No Brasil, embora não haja estudos que apontem o crescimento da prática, a falta de regras claras para a definição e a prevenção dessa conduta considerada antiética torna a questão bastante delicada. A avaliação é da pesquisadora da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Sônia Vasconcelos, que estuda o assunto.


Sônia Vasconcelos destaca que a facilidade de acesso aos dados da produção científica, por meio da internet, acaba ajudando quem “não quer ter o trabalho de gerar um texto original”. Mas ela cita, ainda, a falta de proficiência de pesquisadores brasileiros em inglês como fator que leva ao plágio.A professora, que participou hoje (16), no Rio de Janeiro, de um seminário sobre o tema, promovido pela Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), explicou que há levantamentos que apontam que a identificação de má conduta, entre elas, a ocorrência de plágio, triplicou entre a década de 1970 e 2007, tendo passado de menos de 0,25% para 1%, em estudos submetidos ao Medline, base de dados de produções da literatura internacional da área médica e biomédica.

“Há um senso comum apontando para o fato de que a internet acaba facilitando a vida de quem quer cometer o plágio. Mas essa facilidade de acesso aos dados não é a única responsável pelo aumento da incidência de plágio na academia. O fator linguístico é um dos mais importantes que levam à prática [do plágio]. Muitos pesquisadores têm grandes dificuldades em defender e argumentar seus resultados em inglês, que é a língua da ciência”, ressaltou.

Segundo a pesquisadora, diante desse cenário, é preciso desenvolver mecanismos cada vez mais eficientes para a detecção e a coibição do plágio. Ela destaca que, quando o plágio é identificado em uma obra, a publicação é cancelada pelo editor científico.

“Uma obra que é fruto de plágio não confere originalidade ao que pode parecer novo para a ciência. Quando o pesquisador submete algo como se fosse novo, ele gasta tempo do editor [científico] e não traz contribuição original ao desenvolvimento científico”, acrescentou.

Sônia Vasconcelos destaca ainda que a falta de regras padronizadas para avaliação do plágio acaba dificultando o combate à prática.

“Não há uma métrica definida igualmente em todo o mundo para avaliar o plágio com precisão. As diferentes culturas têm divergências nesse sentido. Além disso, é preciso discutir a possibilidade de se uniformizar essas regras para as variadas áreas científicas”, disse.

Para ela, também é preciso haver uma maior atenção, não apenas no Brasil, à formação de jovens pesquisadores com orientações claras sobre a prática e os prejuízos que ela traz à comunidade científica. A pesquisadora acredita que muitos iniciantes podem utilizar indevidamente trechos de obras alheias, fora dos padrões aceitáveis, por ingenuidade.

terça-feira, 15 de março de 2011

radiação nuclear

Explosão na central nuclear de Fukushima 1Tóquio - Os níveis de radiação aumentaram nesta terça-feira em várias cidades japonesas, inclusive Tóquio, enquanto a população prepara-se para se manter em suas casas fazendo estoque de água engarrafada, mantimentos e máscaras de proteção.O Governo japonês avisou nesta terça-feira que a crise da usina nuclear de Fukushima (nordeste do país) provocou escape de radiação que poderia afetar a saúde e recomendou aos moradores que vivem num raio de até 30 quilômetros de distância que fiquem em suas casas, desliguem os sistemas de ventilação e fechem as janelas.

A radiação em torno da usina aumentou desde sábado, quando uma falha no sistema de refrigeração forçou a liberação de vapor radioativo de forma controlada, mas os crescentes problemas nos reatores criam incertezas.

Na província de Ibaraki, ao lado de Fukushima, em um determinado momento a radiação era de 5 microsievert (msv) por hora, 100 vezes mais que o habitual. Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), uma pessoa fica em média exposta à radiação de aproximadamente 2,4 msv por ano devido a fontes naturais.

Em Tóquio, a cerca de 270 quilômetros da usina, os níveis de radiação chegaram a 20 vezes mais que o habitual e foram detectadas pequenas quantidades de substâncias radioativas como césio, mas o Governo Metropolitano garante que tais índices não implicam riscos imediatos para a saúde.

Apesar dos pedidos de calma, em Tóquio era possível ver nesta terça-feira mais máscaras do que o habitual. Além disso, alguns habitantes decidiram se afastar da cidade por alguns dias até que a situação em Fukushima se torne menos alarmante.

Ao longo desta terça-feira, muitos estrangeiros pegaram o "shinkansen" - o trem bala-japonês - para se deslocar a cidades mais ao sul como Osaka, a mais de 500 quilômetros da capital, onde a ameaça de fuga de radiação soa mais distante.

Desde o início dessa semana, várias legações diplomáticas aconselharam àqueles que se sentissem temerosos e não tivessem assuntos "essenciais" em Tóquio que deixassem a cidade. Nesta terça-feira, a embaixada da Áustria decidiu transferir sua missão temporariamente a Osaka.

Enquanto as notícias sobre Fukushima são recebidas com inquietação crescente entre a comunidade estrangeira, onde se sucedem rumores e desmentidos sobre evacuações, os japoneses seguem com surpreendente tranquilidade, atentos pela televisão às instruções das autoridades locais.

O Governo mantém os pedidos de calma, de racionamento de energia - o terremoto paralisou 11 usinas nucleares - e de prudência ao fazer compras nos supermercados para evitar a escassez de produtos, tal como já noticiam os meios de comunicação.

"O Governo japonês anunciou que há estoques suficientes armazenados. Por favor, ajam com calma e paciência", diz uma mensagem divulgada pelo Facebook na versão da rede social para o Japão.

Mais ao norte, as províncias vizinhas a Fukushima se prepararam nesta terça-feira para acolher os moradores das imediações da usina que evacuaram, muitos dos quais foram imediatamente ao hospital para saber dos níveis de radiação aos quais foram expostos.

Em um raio de 20 quilômetros em torno da central nuclear foram evacuadas cerca de 200 mil pessoas.

Outras 5 mil estão distribuídas em abrigos na cidade de Kawamata, a menos de 30 quilômetros da usina, onde receberam instruções para não saírem às ruas, informa a agência de notícias japonesa "Kyodo".

Os funcionários dos abrigos indicavam que, mesmo se quisessem, não poderiam levar os cidadãos evacuados para mais longe por problemas logísticos e pela escassez de gasolina.


terça-feira, 8 de março de 2011

Controlar Dívidas

Controlar dívidas
A situação de estar em dívida leva um empreendedor a cometer alguns erros. Alguns pensam que vale à pena recorrer a diferentes bancos, em busca de novas linhas de crédito. Pura ilusão. Primeiro porque os bancos utilizam um sistema interligado, fornecido e administrado pelo Banco Central do Brasil, que reúne informações de crédito para todos os bancos. Portanto, todos eles sabem exatamente o limite de crédito já concedido e por quem para aquele CPF.


Segundo porque, mesmo se não tivessem essa informação, os bancos exigem garantias como imóveis, automóveis e até avalistas para a concessão de crédito. E uma hora ou outra esses bens já estarão todos comprometidos. Vale lembrar que um bem não pode ser dado como garantia mais de uma vez.

A melhor estratégia, nesse caso, é buscar o banco onde foi feita a dívida, "abrir o jogo”, dizendo da não capacidade de pagamento e solicitar ao gerente que renegocie o valor pendente. Valeria até juntar todos os produtos utilizados, como: cheque especial, cartão de crédito, empréstimos, etc. e parcelar todos eles num prazo adequado, com o intuito de que a nova parcela caiba no orçamento.Melliodora Tempo



sábado, 5 de março de 2011

replicagem de negócios

Negócios que podem ser replicados e crescem rapidamente são conhecidos como de alto impacto. Em geral, essas empresas adotam posturas mais profissionais de gestão e se desenvolvem com empreendedores dedicados e capacitados. Pensando nisso, a Endeavor, organização americana que apoia empresas deste tipo, fechou uma parceria com a Babson College, instituição de ensino de negócios.

Juntas, elas promovem o curso “Building a High Growth Business” (Construindo uma empresa de alto crescimento), que tem como objetivo mostrar o caminho das pedras aos empreendedores em potencial.

Com duração de uma semana, o programa inclui aulas de professores da escola americana e donos de empresas que contam os principais desafios do cotidiano de um negócio. Todo o conteúdo será adaptado para a realidade brasileira. O curso acontece na sede da universidade, nos Estados Unidos, e custa 2 mil dólares, incluindo hospedagem e café da manhã.

As inscrições vão até o dia 15 pelo site do programa e as aulas começam em 18 de abril. Os selecionados devem apresentar as realizações da empresa, domínio em inglês e maturidade do projeto desenvolvido.

No Instituto Educacional BM&FBOVESPA, que vem fazendo um esforço para atrair empresas menores, serão oferecidos dois cursos que podem ajudar a profissionalizar a gestão de negócios. Um deles trata da transição de sócios em empresas familiares, assunto muitas vezes delicados dentro das corporações. As inscrições vão até o dia 14 e o valor do curso é de 295 reais. Entre os assuntos abordados, governança, conselho de família e processo de sucessão.

A governança corporativa é também tema de outro curso da Bolsa. Prevista para o dia 18, a aula custa 750 reais e vai tratar de boas práticas para acionistas e conselho de administração. As inscrições vão até o dia 17, no site da instituição.

Aprenda lições de valor sobre investir e lidar com o dinheiro no cinema.


O segredo de um bom roteiro é falar às emoções mais básicas de cada um de nós. A arte imita a vida e, por isso, histórias sobre dinheiro, negócios e, mais recentemente, investimentos têm iluminado as telas. Além de entreter, essas obras podem trazer bons ensinamentos na hora de dirigir suas finanças. Pensando nisso, DINHEIRO perguntou aos especialistas quais títulos que não podem faltar na filmoteca de nenhum investidor. Confira a lista de quem merece um Oscar:

Filmes: Up – Altas aventuras (2009) e À procura da felicidade (2006)

O que ensinam: estabelecer objetivos financeiros e mantê-los
Antes de aplicar o dinheiro, é preciso ganhá-lo e poupá-lo, diz o educador financeiro Reinaldo Domingos, presidente do Instituto DSOP. Como criar e manter o hábito da poupança não é fácil, ele sugere estabelecer objetivos no curto, médio e longo prazos.
Esse é o sentido do desenho animado Up - Altas Aventuras, que conta a história de um homem que sonha em viajar e conhecer pontos exóticos da América do Sul e realiza esse sonho no fim da vida.
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Up - Altas aventuras: Animação mostra a importância dos projetos de longo prazo
“Ele mostra que é importante lutar por um sonho, ainda que sua realização seja difícil”, diz. À Procura da Felicidade relata a história dramática de um desempregado que se dedica ao filho e vira corretor de valores por acaso, tornando-se milionário.
“Apesar das dificuldades, é possível alcançar o sucesso financeiro se houver foco e dedicação aos objetivos”, diz Álvaro Modernell, diretor da empresa de educação financeira Mais Ativos.
Filmes: Wall Street (1987) e Wall Street: O dinheiro nunca dorme (2010)

O que ensinam: como o mercado funciona
O papel do inescrupuloso e implacável especulador Gordon Gekko não rendeu apenas um Oscar de Melhor Ator a Michael Douglas em 1987. Também consolidou a imagem de Wall Street como um endereço onde vale quase tudo para ganhar dinheiro.
“Os filmes mostram muito bem os surtos de euforia no mercado e a formação de bolhas”, diz o economista Ricardo Amorim. Ele afirma que conhecer essa história é fundamental para entender o funcionamento dos mercados hoje.
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A continuação trata da crise financeira de 2008, mas não esgota o assunto. “O grande filme sobre a crise ainda não foi feito, ainda será preciso esperar alguns anos para que esses acontecimentos estejam em uma perspectiva melhor”, diz Fábio Nogueira, diretor e empresa de securitização imobiliária BFRE.
Cinéfilo de carteirinha, Nogueira lembra que a trajetória do cinema ensina uma importante lição econômica. “Muitos diziam que a televisão e as novas tecnologias iriam acabar com o cinema, mas ele se reinventou, se fortaleceu e vem batendo recordes de audiência”, diz.
Filme: Trabalho interno (2010)

O que ensina: o impacto da crise financeira sobre o governo americano
O documentário Trabalho interno levou o Oscar da categoria em 2011 e chamou a atenção do grande público para a crise financeira internacional. “Esse prêmio é muito positivo, pois coloca em evidência os problemas do mercado financeiro, está cada vez mais popular no Brasil”, diz Alcides Leite, professor de economia da Trevisan Escola de Negócios.
Ao demonstrar como universidades e governo se emaranharam em programas de socorro ao sistema financeiro, o documentário mostra as relações estreitas – e freqüentemente perigosas – que envolvem autoridades e bancos.
Filme: Babel (2006)

O que ensina: o efeito da globalização na vida cotidiana
A turbulência financeira foi amplificada pelos vínculos cada vez mais estreitos entre os diversos países. “Babel mostra como um evento no Japão está ligado a outro no Marrocos e com os mercados não é diferente”, diz Luiz Alberto Machado, vice-diretor da faculdade de economia da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). Entusiasta do cinema, ele usa trechos de filmes em sala
de aula.
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Filmes: Enron: Os mais espertos da sala (2005) e O primeiro milhão (2000)

O que ensinam: como empresas e operadores montam suas fraudes
Nem só de heróis vive o cinema. Histórias não edificantes também são úteis para alertar o investidor sobre os perigos do mundo do dinheiro. Dois exemplos são Enron: Os mais espertos da sala, que conta a história do processo que levou a empresa americana de energia Enron Corporation à falência, e O primeiro milhão, em que um jovem consegue um emprego numa corretora de investimentos e enriquece rapidamente. “Eles explicam o que são ativos podres e o que pode acontecer de errado no mercado”, diz Leite, da Trevisan.
Filme: A rede social (2010)

O que ensina: como uma empresa chega ao mercado
O processo de nascimento de uma empresa de muito sucesso, o Facebook, de Mark Zuckerberg, é o assunto de A rede social, também premiado no Oscar, que conta a história da criação do Facebook.
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“A rede social mostra aspectos importantes para quem quer entender o mundo corporativo, como é o processo de formação de um negócio e a proporção que ele pode tomar”, diz Ricardo Amorim.
Filme: Os delírios de consumo de Becky Bloom (2009)

O que ensina: os males do consumo desenfreado
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A contenção de gastos também é fundamental para quem será um futuro aplicador. Gastar demais é a receita infalível para o desequilíbrio financeiro. Modernell, da Mais Ativos, recomenda Os delírios de consumo de Becky Bloom. “O filme mostra como o consumismo desenfreado e a falta de planejamento financeiro podem se tornar um problema pessoal”, diz ele.


quinta-feira, 3 de março de 2011

Quando oferecer cursos dentro da empresa A procura pela formalização voltou a crescer em fevereiro. No mês passado, 75.973 trabalhadores por conta própria fizeram o registro do Empreendedor Individual, média diária de 2.713. Em janeiro, o governo contabilizou 81.620 registros, média de 2.633 por dia.

No acumulado do ano, já são 157.593 empreendedores individuais, com média diária acima de 2.600. No total, desde que entrou em vigor, o programa conta com 973.608 profissionais. Se a média de adesões seguir como está, em 15 dias o Brasil terá 1 milhão de empreendedores formalizados.

Empreendedor Individual é o mecanismo jurídico criado pela Lei Complementar 128/08, que permite a formalização de trabalhadores por conta própria. O programa contempla vários profissionais, como pipoqueiro, manicure, jardineiro, borracheiro, pintor de parede, artesão e mágico. Eles pagam uma taxa fixa mensal de 11% sobre o salário mínimo para o INSS, mais R$ 1, se forem do setor da indústria e do comércio, e R$ 5, caso atuem na área de serviços.

A expectativa de órgãos e instituições responsáveis por colocar o Empreendedor Individual em prática é promover uma ampla comemoração quando o programa atingir 1 milhão de formalizações. O grupo inclui os ministérios da Fazenda, Previdência Social, Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior, além de instituições de apoio aos micro e pequenos negócios, como o Sebrae.

A proposta foi tratada em reunião do grupo, realizada dia 22 de fevereiro. De acordo com o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, a idéia é realizar a atividade entre os dias 25 e 30 de março, com a presença da presidenta Dilma Rousseff.

quarta-feira, 2 de março de 2011

muita corrupção no direito



O advogado Antônio Carvalho Lobo será julgado hoje pelo Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil no Pará (OAB-PA). Ele teve suspensa no mês passado sua licença após ser preso, juntamente com outras pessoas, acusado de integrar uma quadrilha de fraudadores de contas bancárias.
A pena mínima é a advertência e a máxima a expulsão dos quadros da entidade. Duas magistradas do Tribunal de Justiça do Estado, a juíza Vera Araújo de Souza e a desembargadora Marneide Merabet, também respondem a um processo administrativo preliminar no TJE, acusadas de atuar no caso em que Lobo está envolvido.
Souza proferiu decisão, confirmada por Merabet, que obrigava o Banco do Brasil a reservar R$ 2,3 bilhões de sua receita a fim de assegurar o crédito no mesmo valor na conta corrente de Francisco Nunes Pereira, que alegava ser dono do dinheiro. Nunes também foi preso na mesma operação em que a polícia pegou Lobo.
Ao suspender o advogado, o presidente da OAB, Jarbas Vasconcelos, declarou que Lobo teria o mais amplo direito de defesa para apresentar suas razões no processo, mas advertiu que se a culpabilidade dele ficar provada poderá ser expulso. Vasconcelos chegou a pedir que o TJE também faça o mesmo com as duas magistradas “sem protecionismo ou corporativismo”.
A Polícia Federal (PF) passou três anos investigando a quadrilha de Pereira. O golpe de R$ 2,3 bilhões só não foi concretizado no final do ano passado graças à iniciativa da corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon. Ela anulou a decisão tomada por Vera Araújo, que teria justificado sofrer “pressão” para liberar o dinheiro.
AMB
A corregedora, porém, enfrenta duras críticas da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), para quem ela agiu extrapolando suas funções administrativas, desrespeitando a decisão da juíza. Em carta a todos os juízes do país, a AMB afirmou que a intromissão de Calmon ameaça “todos os juízes brasileiros e a independência dos magistrados”. A entidade também pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao próprio CNJ “punição” a Calmon.
QUADRILHA
Antônio Carvalho Lobo, que será julgado hoje pelo Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil no Pará, teve suspensa no mês passado sua licença após ser preso, juntamente com outras pessoas, acusado de integrar uma quadrilha de fraudadores de contas bancárias.

Os primeiros três dias:
De: Cassio Nogueira
Data: 19 de fevereiro de 2011
Horário: 08:11
Assunto: Notícias

"Bom dia gente!!!

Só dando sinal de vida… a internet no país já foi cortada. Ainda temos um pouco, e muito lenta aqui no projeto, por questões contratuais. Já não consigo mais nem receber no hotmail, muito menos usar o Skype. Inúmeros sites estão bloqueados.

Ainda não bloquearam a internet no celular (e por sorte também ainda não conseguiram bloquear o aplicativo Facebook do Windows Mobile), mas creio que será questão de tempo. Muitos na empresa já nem conseguem receber e-mails pela Odebrecht.

Pode ser que nas próximas horas cortem as telecomunicações internacionais… o monitoramento tá se acirrando… mas o clima aqui tá tranquilo, nenhum sinal de protesto.

Enfim, se eu der uma sumidinha, NÃO SE PREOCUPEM! ESTÁ TUDO BEM! O trabalho segue normalmente. De qualquer forma, o passaporte já está no bolso e com visto válido em caso de emergência.

Enquanto puder, seguirei dando notícias. E vamos torcer pra que volte ao normal o quanto antes!
Bjos em todos! Saudades!
De: Cassio Nogueira
Data: 21 de fevereiro de 2011
Horário: 15:15
Assunto: Notícias Diretamente da LÍBIA

Olá, queridos amigos.

Depois de alguns dias no escuro, com os meios de comunicação celulares e wi-fi extremamente afetados, apareceu uma brecha de Internet aqui em Trípoli. Muito lenta, mas melhor do que nada. Vi que estão chegando muitos e-mails perguntando sobre a situação, se estou bem, e gostaria de aproveitar essa chance para responder a todos os amigos de uma vez. Via Facebook ainda não consigo ver nada, pois está bloqueado, e para navegar em uma internet lentíssima via proxy fica impraticável.

Sim, estou bem, ainda sem nenhum arranhão, firme e forte!!!

As notícias que estão chegando a vocês não devem ser nada animadoras. É verdade, a casa está caindo. O movimento está se espalhando rapidamente, já chegou em Trípoli, e de uma hora para outra o quadro virou de cabeça para baixo.

Algumas das manifestações já acontecem em bairros residenciais, onde moram funcionários da empresa, que já foram realocados. Onde moro ainda há tranquilidade. Algumas casas e carros foram queimados e veem-se móveis, entre outros tipos de objetos, jogados nas calçadas. Ouvem-se tiros (provavelmente para o alto). Homens fortemente armados estavam fazendo vistoria pelas ruas… hoje, já não se vê um policial. As notícias de saques e mortes continuam a aparecer. É questão de tempo até que o caos total tome conta na capital.

Os civis já roubaram muitos equipamentos bélicos. Como existem várias facções ou tribos diferentes, isto pode até virar uma guerra civil (muito provável). Quem conseguir tomar conta do petróleo vai reinar no país. O Tiozão vai ter que se garantir muito para que fique tudo como está. E com essa história de contratar mercenários para ir de encontro ao seu próprio povo foi um tiro no pé. Dizem que ele já não tem mais apoio do seu exército. Afinal, não querem atirar nos próprios “irmãos”.

Os nossos colegas da Queiroz Galvão, que estão em Benghazi, se encontram numa situação muito mais complicada. Há pouco tempo recebi o telefonema de um amigo que está lá no foco da confusão. Estão sitiados em um hotel, já abandonado pelos funcionários. Estão sem comunicação alguma com o exterior. Estamos até tentando fazer uma ponte deles com suas famílias. O exército está contendo a fronteira da cidade. Ninguém entra e ninguém sai.

Nossa obra parou hoje. Apenas os expatriados foram trabalhar. No decorrer do dia, percebemos que foi em vão. O que se viu foi um monte de baratas tontas passando pelos corredores com o telefone ao ouvido procurando uma saída. Alguns entrando em pânico, outros permanecem calmos.

Apesar de nossa evidente preocupação, estamos tentando segurar a onda na medida do possível. Tivemos um pronunciamento dos diretores para com o restante da empresa, e a ordem é de agrupar todo mundo em locais bem distantes de onde tem havido manifestações. Aos poucos vamos desmobilizando o pessoal. Se a coisa ficar pior, temos três outras bases equipadas, em locais distintos, já preparadas pra nos receber.

Não é uma tarefa rápida. Todos querem sair ao mesmo tempo e o aeroporto não comporta a quantidade de pessoas (afinal, é por isso que estamos, ou melhor, estávamos, construindo um novo!!!).

Primeiro estão partindo as mulheres e as crianças. Esperamos concluir a tarefa até quarta-feira. O próximo passo será o RH da empresa selecionar as pessoas menos necessárias de acordo com a situação do projeto para sair do país. Nesse caso, não sei onde me encontro, mas aguardarei ansiosamente para que chamem meu nome. Existem os mais desesperados que estão tentando sair por conta própria. Enfim, vamos ter férias forçadas!

(...) Um pouco de paciência para todos nós… vai tudo terminar bem!

Abraços e beijos em todos,

Cássio"

De: Cassio Nogueira
Data: 21 de fevereiro de 2011
Horário: 19:34
Assunto: Saída...

"Meus queridos,

passo para comunicar que amanhã logo cedo estaremos deixando nossas casas de vez. Vamos todos nos agrupar em um local mais seguro, da empresa. Ainda não sei qual e nem sei ao bem em que tipo de situação de moradia será. Mas o importante é que todo mundo fique junto.

Todos vamos dormir com um olho aberto:). No mais, tudo está muito bem! E vamos começar a fugaaaaaa! Pai, lembra daquele filme da década de 80, com Kurt Russel, fuga de Nova York? Vai ser nesse estilo!!!

Boa noite, gente. Descansem bem!
Bjos., KK"