A chama de uma vela gera 1,5 milhão de nanodiamantes por segundo. A descoberta foi feita pelo cientista Wuzong Zhou, professor de química da Universidade de St Andrews, Inglaterra, e pode ajudar na fabricação de diamantes mais baratos e sustentáveis.
Já se sabia que hidrocarbonetos existiam na base da chama da vela e eram convertidos em dióxido de carbono no topo. Mas os processos intermediários permaneciam desconhecidos. A descoberta nasceu graças a uma provocação. Zhou diz que foi instigado por um colega. "Ele me disse: 'É claro que ninguém sabe do que é feita a chama da vela.'", conta Zhou, em um comunicado na página da universidade. "Decidi aceitar o desafio."
Zhou conseguiu amostrar partículas da chama e encontrou todas as quatro formas conhecidas de carbono: diamante, grafite, fulereno (moléculas de carbono dispostas na forma de um icosaedro, poliedro de 20 faces) e carbono amorfo (moléculas de carbono sem forma definida). "Isso é surpreendente porque cada forma do carbono é normalmente criada sob diferentes condições e não no mesmo lugar, como observamos na vela", diz o pesquisador.
Zhou descobriu então que nanopartículas de diamante e fulereno se formam no centro da chama, junto com grafite e carbono amorfo. Descobriu também que as nanopartículas de diamante queimam rapidamente no processo e são logo convertidas em dióxido de carbono - um desafio para o aproveitamento do material. De qualquer forma, a descoberta de Zhou pode ajudar cientistas a entender como fabricar diamantes de forma mais eficiente.
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