quarta-feira, 28 de setembro de 2011

GOLDMAN SACHS

Uma entrevista de um operador independente concedida à rede de televisão britânica BBC deixou a repórter e muita gente boquiaberta com o nível ácido e apocalíptico das suas respostas. As declarações de Alessio Rastani em apenas três minutos e meio foram suficientes para que ele gerasse discussões por todos os lugares, e até ameaças em sua página no Facebook.



O que chamou bastante a atenção não foi tanto o tom assustador, já que muita gente famosa tem feito isso por aí, mas sim a sua sinceridade. O que poderia aumentar a confiança dos investidores? Perguntou a apresentadora. “Pessoalmente, isso não importa. Eu sou um operador. Realmente não me importo com esse tipo de coisa. Se vejo uma oportunidade de ganhar dinheiro eu faço isso”, disparou.

“Tenho sonhado com este momento há 3 anos. Eu tenho uma confissão. Eu sonho com uma nova recessão e como um outro momento como esse todas as noites na cama”, disse Rastani. Essa visão não é exatamente uma novidade para um operador como ele, mas pode chocar aqueles que não estão acostumados com isso.

Em uma entrevista à Forbes, ele revelou que o seu trabalho é seguir tendências. “Eu sou um operador de tendências, então opero tendências, é isso que eu gosto. E eu gosto de volatilidade. Existem três coisas que eu espero. Momentos de alta volatilidade, as partes iniciais de um mercado volátil, e eu negocio o momento”, explicou.

Em outro trecho da sua entrevista à BBC, mais uma declaração bombástica. “O que eu diria para todos é: ‘Fique preparado’. Esse não é o momento para achar que os governos vão resolver tudo. Os governos não mandam no mundo, o Goldman Sachs manda no mundo. E o Goldman Sachs não se importa com esse plano de resgate [da Grécia] e nem os grandes fundos”, disse.

A Goldman Sachs é um dos maiores bancos de investimento do mundo. Fundado em 1869 por Marcus Goldman[1], a companhia está sediada actualmente em Nova York e mantém escritórios em muitos outros centros financeirosmundiais como Londres, Boston, Chicago, Miami, Dallas, Los Angeles, San Francisco, Frankfurt, Zurique, Paris, São Paulo, Bangalore, Bombaim, Hong Kong, Pequim, Cidade do México, Singapura, Salt Lake City, Sydney, Dubai,Madrid, Milão, Calgary, Melbourne, Auckland, Seoul, Tóquio, Taipei, Moscou, Tel-Aviv, Toronto, e Monaco.

Como banco de investimento, Goldman Sachs age como conselheiro financeiro para alguns dos maiores governos, empresas mais importantes, e famílias mais ricas do mundo. A Goldman Sachs oferece consultivos sobre fusões e aquisições, serviços de subscrição financeira e outros produtos financeiros aos seus clientes. É também um revendedor primário no mercado de valores mobiliários do Tesouro dos EUA.

A Goldman opera no Brasil há 17 anos e é presentemente um dos líderes na assessoria em fusões e aquisições no país. A despeito de sua fraqueza histórica nos demais mercados do Brasil, a companhia está perseguindo um plano de expansão agressivo. A companhia recentemente obteve licença para operar com câmbio, juros e commodities na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) e é atualmente uma das maiores do mercado com aproximadamente 30% das posições em aberto — um avanço notável que é devido ao fato de o banco já operar com esses ativos no mercado de balcão em Nova York. Deve-se notar, porém, que o desejo de expansão não é de hoje. Quando iniciou as suas operações no Brasil, o banco passou por um período muito frustrante em que viu suas tentativas de adquirir as companhias brasileiras Garantia e Pactual derrotadas pelos bancos suíços Credit Suisse e UBS. Após estas derrotas, o banco adoptou uma nova estratégia de crescimento orgânico e trouxe muitas pessoas talentosas dos seus escritórios nos Estados Unidos para o seu escritório em São Paulo.[2]

A Goldman Sachs opera em três segmentos:

  1. Banca de Investimento;
  2. Trading e Investimentos e
  3. Administração de Recursos e Securitização.

Em 2010 contava com 35700 empregados em mais de 20 países.

A Goldman Sachs foi a primeira companhia a usar o termo "BRIC." O termo significa Brasil, Rússia, Índia e China. É a opinão da Goldman Sachs que as economias destes quatro países tenham a capacidade de se tornarem algumas das mais poderosas do mundo.

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