segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Novas RELIGIÕES Novos tempos nas idéias-copimismo

Suécia reconhece troca de arquivos como religião

Adeptos da Igreja do Kopimismo acreditam que a informação é sagrada e que seu valor se multiplica quando ela é compartilhada

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Vinicius Aguiari, de

Joel Saget/AFP

Imagem de pirata sobre um teclado de computador

A seita foi criada pelo estudante de filosofia Isak Gerson, 19, e pelo estudante de economia Gustav Nipe, 21

O Governo da Suécia reconheceu oficialmente a Igreja do Kopimismo (Church of Kopimism) como uma religião.



Os adeptos da Igreja do Kopimismo acreditam que a informação é sagrada e que seu valor se multiplica quando ela é compartilhada.

De acordo com comunicado publicado no site da igreja, eles tentavam há mais de um ano conseguir o registro junto ao Kammarkollegiet, órgão regulador do setor no país. Entretanto, a autorização só foi liberada poucos dias antes do último Natal.

A seita foi criada pelo estudante de filosofia Isak Gerson, 19, e pelo estudante de economia Gustav Nipe, 21. Os símbolos da religião são o Ctrl+C e o Ctrl+V.

No momento, a versão padrão do site da igreja está fora do ar devido ao grande número de acessos.

A Suécia também é berço do PirateBay, site de torrents que deu origem ao Partido Pirata, fundado no país, em 2006. Os fundadores da Igreja também são membros do partido.

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Líder espiritual da Igreja do "Ctrl C + Ctrl V" diz que Brasil já segue crenças da religião

Ana Ikeda
Do UOL, em São Paulo

  • Isak Gerson, 19, líder espiritual da Igreja Missionária Copimista, que prega a ''cópia e compartilhamento de arquivos''

    Isak Gerson, 19, líder espiritual da Igreja Missionária Copimista, que prega a ''cópia e compartilhamento de arquivos''

“Copie e semeie”. Essa mensagem é considerada sagrada para Igreja Missionária do Copimismo, que prega a cópia e o compartilhamento de arquivos. Em poucas palavras, é uma espécie de culto ao "Ctrl C + Ctrl V". Para compreender melhor os preceitos e práticas do Copimismo, o UOL Tecnologia entrevistou o seu líder espiritual, o sueco Isak Gerson, de 19 anos (veja abaixo).

A palavra Copimismo é um neologismo em português para “Kopimism”, que por sua vez tem origem no termo “kopimi”, que soa como “copy me” (copie-me, em inglês). Assim como uma religião comum, ela possui hierarquia, missas e orações – chamadas por Gerson de “encorajamentos”.

Mas as semelhanças param por aí: no lugar de uma Bíblia, os copimistas têm uma Constituição(que já ganhou tradução para o inglês). Outro ponto controverso para quem segue a religião é a compra e venda de material com direitos autorais (como um DVD ou um software), prática em desacordo aos preceitos copimistas, se levados "ao pé da letra".

Segundo Gerson, a organização religiosa foi reconhecida e legalizada pelo governo da Suécia; o jovem mostrou ao UOL Tecnologia o documento de registro. A Agência de Serviços Administrativos (em sueco, Kammarkollegiet) também confirmou a inscrição e explicou, por e-mail, que desde 2000 registra comunidades religiosas no país; isso protege o nome dessas organizações e permite que recebam ajuda governamental para calcular taxas cobradas de membros.

Depois do anúncio, que ganhou o noticiário mundial, os missionários copimistas conseguiram em menos de duas semanas seguidores em outros treze países (Estados Unidos, Canadá, Dinamarca, França, Grécia, Índia, Japão, Israel, Itália, Holanda, Nova Zelândia, Romênia e Rússia).

Gerson afirma que a igreja já possui cerca de 4 mil membros, alguns deles brasileiros – embora o país ainda não esteja listado no site oficial dos religiosos. O Brasil, aliás, ganhou elogios do líder espiritual. “Pelo que vejo no noticiário, o Brasil parece ser um país bem copimista. Vocês parecem estar anos a frente do que nós”, comentou.

O jovem sueco, estudante de Filosofia na Universidade Uppsala, trabalha como contador para o movimento estudantil cristão. Ele teria sido “escolhido” pelos seus pares como líder espiritual. Leia a seguir os principais trechos da entrevista concedida por e-mail:

UOL Tecnologia – Você seguia alguma outra religião antes de criar Copimismo?
Isak Gerson –
Sim, eu era cristão e ainda sou cristão. E eu não criei o copimismo, aliás. Eu apenas fui eleito como líder espiritual pela organização.

UOL Tecnologia – Por que criar uma religião em vez de uma organização não-governamental?
Gerson –
A religião já existia. Ela estava lá há anos. Nós achamos que uma igreja seria a melhor forma para organizar nossas práticas religiosas, então fundamos a igreja.

UOL Tecnologia – Quantos seguidores vocês têm na Suécia? E no mundo? Já existem brasileiros seguindo vocês?
Gerson –
Não sei quantos suecos ou brasileiros, mas nós temos cerca de 4 mil membros. Sei que existem alguns seguidores no Brasil, mas não tenho como precisar a quantidade. Nós não registramos a nacionalidade deles.

  • Reprodução

    A pirâmide com a letra "K" é símbolo do Copimismo: existem dezenas de variações no desenho, já que os seguidores são encorajados a criar seus próprias representações


UOL Tecnologia – Vocês tentaram obter o reconhecimento do governo sueco três vezes. O que deu errado no início e como tiveram sucesso na última tentativa?
Gerson –
No começo, o governo achou que tínhamos que esclarecer alguns dos documentos, nos quais descrevíamos nossas práticas, para sermos reconhecidos como uma organização religiosa. No último minuto, falhamos apenas por formalidades. Quando tudo foi corrigido, nós conseguimos o reconhecimento.

UOL Tecnologia – Vocês têm planos de serem reconhecidos em outros países? Existe algum processo legal em andamento em outras partes do mundo?
Gerson –
Eu não tenho, mas espero que todas as igrejas fundadas em outros países façam isso. Realmente não sei o que eles andam fazendo. Somos uma organização bem vertical [cujas decisões são tomadas em grupo], tanto nacional como internacionalmente.

UOL Tecnologia – Por que vocês têm uma “Constituição” em vez de um “livro sagrado” ou uma “lista de crenças”?
Gerson –
A Constituição é mais uma descrição de como nossa igreja funciona. Nós não temos um livro sagrado porque nós vivemos numa tradição extensa de ideias que ainda foram resumidas em um único livro.

UOL Tecnologia – O que vocês querem dizer com “a internet é sagrada” na sua Constituição? Recentemente, houve a discussão em redes sociais que a internet não seria nem mesmo um direito humano, o que acha disso?
Gerson –
A internet é sagrada porque é o meio ideal para copiar informações. Acho que temos de separar a discussão sobre a santidade da internet da discussão de que ela deveria ser um direito humano. Mas acredito que a internet como um direito humano também é uma boa ideia.

UOL Tecnologia – O que significa para vocês “o código é lei”?
Gerson –
O código, mais que uma lei, determina os termos da nossa existência. Estamos mais restritos pela existência de um código ao nosso redor do que propriamente pelas leis. Leis são fáceis de contornar; já o código é muito mais difícil.

UOL Tecnologia – O Copimismo possui uma missa? Como ela funciona?
Gerson –
Sim, nós celebramos o “ato de copiar”. Nós nos conectamos uns aos outros por meio de um servidor, página web ou em uma sala física. Começamos então a copiar arquivos uns dos outros. Antes de desconectar, nós encorajamos mutuamente a disseminar a informação para outras pessoas.

UOL Tecnologia – O Copimismo tem alguma hierarquia?
Gerson –
Infelizmente, ainda temos de ter alguma hierarquia. Mas tentamos não ter uma hierarquia maior do que o governo exige de nós. Por exemplo, eles exigem que tenhamos um conselho. Acho que o Copimismo é melhor quando não há essa hierarquia.

UOL Tecnologia – “Copie e semeie” e “Nós somos muitos” são frases que podem ser interpretadas como preces ou santas?
Gerson –
Elas são como um encorajamento espiritual que damos uns aos outros.

UOL Tecnologia – De acordo com sua Constituição, os copimistas têm de viver em estrito acordo com os valores ali descritos. Seria uma violação se um copimista comprasse um livro, DVD ou software protegido por direitos autorais?
Gerson –
Acho que não. Entretanto, vender livros ou DVDs com direitos autorais provavelmente seria uma violação. Mas claro, é problemático apoiar a indústria dos direitos autorais.

UOL Tecnologia – Vocês têm receio de não serem reconhecidos como uma religião séria dada as características únicas dela?
Gerson –
Sim, mas também é o que eu espero. Sei que muitas religiões foram desacreditadas em seus primeiros anos.

UOL Tecnologia – Algumas religiões têm problemas com dissidência extremista. Temem que isso aconteça no Copimismo?
Gerson –
Uma das boas tradições do Copimismo é a pluralidade que tem origem no ato de copiar. O Copimismo é um movimento bem amplo. Claro que existem e provavelmente existirão extremistas. Entretanto, não vejo risco dos copimistas serem violentos. A única coisa que podemos esperar é “cópia hardcore”.

UOL Tecnologia – Você tem uma mensagem especial para o público brasileiro?
Gerson –
Pelo que vejo no noticiário, o Brasil parece ser um país bem copimista. Vocês parecem estar anos a frente do que nós nos debates sobre Commons [Creative Commons] na cultura e patentes na medicina. Vejo vocês como um modelo de país. Continuem assim!

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  • "Blackout" na internet: Direitos comerciais contra liberdade de expressão




Dentro de três anos, o número de pessoas que utilizam dispositivos móveis para trabalhar atingirá a marca de 1,3 bilhão, segundo a IDC. Isso representa 32,5% da população mundial economicamente ativa.


Em 2010, a consultoria apurou que 1 bilhão de trabalhadores utilizavam smartphones e tablets para desempenhar suas atividades.

De acordo com o levantamento, o maior crescimento acontecerá nos mercados emergentes da Ásia-Pacífico. Com exceção do Japão, cuja expectativa é de um decréscimo populacional, a região verá o maior crescimento desta tendência – o número de "mobile workers" deve subir de 601,7 milhões, registrados em 2010, para 838,7 milhões em 2015. A expansão é atribuída, além de ao potencial econômico, à crescente população de China e Índia.

A região das Américas, embora com a tendência crescente, terá expansão menor no acesso à mobilidade devido às altas taxas de desemprego e recuperação econômica prolongada, estima a consultoria.

Em 2010, havia 182,5 milhões de pessoas que utilizavam tablets e smartphones para o trabalho, sendo 75% no norte do continente. Cinco anos depois, este número deve chegar a 212,1 milhões.

Hamburgo - A idéia é antiga. Mas agora eles poderiam ser implementadas: um imposto sobre transações financeiras para deter a especulação atual no parar mercados. O presidente francês, Nicolas Sarkozy quer impor o imposto necessariamente na Europa - se necessário, mesmo sem a Grã-Bretanha, que épersistentemente defende contra tais tentativas . A partir desta semana, Sarkozy tem um novo aliado: Mesmo chanceler Angela Merkel (CDU) quer experimentá-lo sozinho e introduzir o imposto em 17 países da zona euro . O importante centro financeiro de Londres permaneceu à margem.

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Era apenas um britânico que teve a idéia do imposto. Em 1936, o economista John Maynard Keynes , antes de travar a especulação neste sentido. Nos anos setenta, os norte-americanos ajudaramJames Tobin sobre o avanço na cena esquerda e anti-globalização. O "imposto Tobin" também foi uma das exigências originais da rede "Atacar". Na sigla em francês para "Associação para a taxação das transações financeiras no interesse dos cidadãos."

Defensores Enquanto isso, a própria idéia de destaque, como o economista norte-americano laureado com o Nobel Joseph Stiglitz . "Estou convencido de que se a Alemanha, França, Espanha e Itália em conjunto introduzir o imposto sobre lucros extraordinários, que vai funcionar", disse Stiglitz, no ano passado, o "Frankfurter Allgemeine Zeitung".

O que poderia ser o imposto? Quais são os objectivos? E o que fala contra ela?SPIEGEL ONLINE respondeu às perguntas importantes.

Celular e e-mail fora do trabalho podem dar hora extra

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DE BRASÍLIA

Hoje na FolhaEm tempos de popularização dos smartphones, uma lei que acaba com a distinção entre trabalho dentro da empresa e à distância, sancionada pela presidente Dilma Rousseff no final de 2011, já gera polêmica entre empregados e empregadores.

E-mail e celular estendem jornada de trabalho até as férias
Aviso prévio de até 90 dias entra em vigor e gera dúvidas

A legislação, que alterou a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), diz que o uso de celular ou e-mail para contato entre empresas e funcionários equivalem, para fins jurídicos, às ordens dadas diretamente aos empregados, informa reportagem de Maeli Prado e Priscilla Oliveira publicada na Folha desta quinta-feira.

A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

De acordo com advogados especializados, a mudança abre espaço para que funcionários que usam o celular para trabalhar após o horário de expediente, por exemplo, recebam horas extras por isso.

É uma interpretação oposta a de entidades empresariais, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que rebatem que o objetivo do projeto de lei do deputado Eduardo Valente, de 2004, que deu origem à mudança da CLT, era somente regular o trabalho à distância.]

Nos próximos dias deverá entrar em operação no Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP) um dos maiores e mais potentes clusters – aglomerado de computadores –, voltado exclusivamente para pesquisas astronômicas no mundo.



Avaliado em mais de US$ 1 milhão, o equipamento foi adquirido com apoio da Fapesp por meio do Programa Equipamentos Multiusuários, em projeto do IAG-USP e do Núcleo de Astrofísica Teórica (NAT) da Unicsul.

Composto por três torres, do tamanho de geladeiras domésticas que juntas pesam três toneladas, o conjunto de computadores possui 2,3 mil núcleos de processamento. O sistema possibilitará um aumento de 60 vezes na escala de processamento do Departamento de Astronomia da USP. O cluster utilizado anteriormente pela instituição possuía 40 núcleos de processamento.

“Não conhecemos nenhum departamento de astronomia no mundo com essa capacidade computacional. Existem universidades e consórcios entre instituições de pesquisa com clusters muito maiores, mas o tempo de processamento é dividido entre várias áreas e não são dedicados totalmente à astronomia”, disse Alex Carciofi, professor da USP e responsável pela implementação do projeto.

De acordo com ele, o aglomerado de computadores possibilitará aumentar o grau de realismo físico e rodar mais modelos matemáticos (simulações numéricas) utilizados para estudar os sistemas astronômicos, como estrelas, galáxias e meio interestelares.

Considerados simulações da natureza, quanto mais processos físicos são incorporados aos modelos numéricos para torná-los mais realistas, mais “pesados” computacionalmente eles se tornam e demandam mais tempo para serem processados.

“Com um equipamento desse porte é possível aumentar a escala do problema que pretendemos estudar, mantendo um tempo de processamento razoável, de modo que nós consigamos processar um maior número de modelos em tempo hábil para realizar nossas pesquisas”, explicou Carciofi.

O equipamento também permitirá aos pesquisadores do Departamento de Astronomia da USP ingressar em nossas fronteiras do conhecimento na área, como a astrofísica computacional.


A exemplo do que está ocorrendo em outros campos da ciência, a nova área é resultado da fusão de disciplinas que anteriormente eram distintas e seguiam separadas, como a astrofísica e a ciência da computação.

O que se deve, entre outros fatores, ao fato de que instrumentos astronômicos modernos – como telescópios robóticos que operam automaticamente – estão gerando um grande volume de dados que precisam ser analisados. “É preciso desenvolver novas técnicas para obter resultados a partir desse grande volume de dados”, disse Carciofi.

Em um primeiro momento, o cluster atenderá 150 usuários, entre estudantes de pós-graduação, docentes e pós-doutorandos do IAG. Mas também estará disponível para ser utilizado por pesquisadores de outras instituições científicas.

Por meio do equipamento também será possível atrair cientistas de outros estados e países, que necessitam de uma grande capacidade de processamento computacional para realizar suas pesquisas.

“Os pesquisadores de fora podem escolher vir para o IAG para realizar um pós-doutorado, por exemplo, justamente porque a instituição dispõe de um cluster como esse”, disse Carciofi.

O pesquisador estima que até o fim de janeiro comecem a realizar os primeiros cálculos numéricos massivos (chamados number crunching) no novo equipamento, a fim de alcançar modelos reais de fenômenos nas áreas de astrofísica, cosmologia e astronomia galáctica.

O supercomputador foi desenvolvido pela empresa GSI e é baseado em uma plataforma Blade Altix ICE 8400 com um processador AMD Opteron 6172, com 4,6 terabytes de memória.

Manter um carro fica 7,86% mais caro em 2011

Custo de manutenção de um carro cresceu acima da inflação no ano passado

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Petrobras/Divulgação

Bomba de etanol da BR

O preço do etanol foi o maior vilão para o bolso do consumidor, junto com o estacionamento

São Paulo – O custo de manutenção de um carro subiu acima da inflação em 2011, segundo a Inflação do Carro divulgada pela Agência AutoInforme nesta segunda-feira. O índice teve alta de 7,86%, acima da inflação medida pela FIPE, de 6,55%, e do IPCA, que ficou em 6,5%. Os vilões dessa alta foram os preços do etanol e dos estacionamentos.


A Inflação do Carro mede os preços de uma cesta de peças, serviços, impostos, combustíveis e seguros. O que mais pesou no custo dos carros em 2011 foi o etanol, que ficou 15,4% mais caro. Em seguida, veio o preço médio do estacionamento para duas horas, que cresceu 14,5%, acumulando a maior alta do índice nos últimos cinco anos: 116% desde 2006. A gasolina também teve uma alta importante, de 8,2%.

O combustível é o item da cesta que tem maior peso no bolso do motorista, tendo representado 32,52% do total dos gastos dos proprietários de veículos no ano passado. Ou seja, dos 991,61 que o brasileiro gastou, em média, com seu carro, 322,48 reais foram destinados ao combustível.

A cesta de Serviços – revisões, balanceamento de rodas, alinhamento de direção, limpezas, estacionamento, lavagem etc. – encareceu 9,44%, bem mais que a cesta de peças, que teve aumento de 4,25% em 2011. Os únicos itens da inflação do carro que viram deflação foram a limpeza do bico injetor, que caiu 1,71%, e a lavagem simples, que reduziu 3,27%. Jogo de velas, estacionamento mensal, seguro obrigatório e inspeção veicular foram outros itens que viram aumento de mais de 10% em 2011.

Servidor teria desviado R$ 315 mil da Cosanpa

Terça-Feira, 10/01/2012, 02:52:35 - Atualizado em 10/01/2012, 02:52:58
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O servidor da Companhia de Saneamento do Estado do Pará (Cosanpa), Marco Antonio Bezerra Loureiro, foi acusado pelo Ministério Público do Estado (MPE), ontem, de ter desviado um total de R$ 315.220,63, de recursos públicos, em valores atualizados, entre agosto de 2010 e julho do ano passado.

Marco Loureiro foi acusado pelo promotor de justiça criminal, Cezar Augusto dos Santos Motta, de alterar, por diversas vezes, dados na folha de pagamento para obter “vantagem indevida, em sistema informatizado da administração pública”.

Segundo a denúncia, Marco Loureiro alterou dados de informática relativo à folha de pagamento da Cosanpa, modificando e atribuindo ao seu salário mensal de R$ 1.822,38 valores maiores.

O primeiro delito teria sido cometido em agosto de 2010, ocasião em que o salário dele foi alterado para R$ 9.842,15 – um desvio de R$ 8.019,77. As alterações no salário foram “crescentes”, chegando, em julho de 2011, a 34.323,30, registrando-se um desvio de R$ 32.500,92.

O total que teria sido desviado por Marco foi de R$ 294.955,70, durante os 13 meses em que ele alterou o valor de seu salário.

Devidamente atualizado pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) o desvio está hoje avaliado em de R$ 315.220,63 que é quanto ele terá que devolver ao poder público caso seja condenado.

O crime foi descrito pelo Núcleo de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil com um “esquema da fraude”, desenvolvido pelo investigado, que “consistia na inserção, em linhas de código do sistema de folha de pagamento, de uma condição específica que, no momento que o sistema lia a matrícula do acusado, inseria automaticamente os valores extras que eram somados a sua remuneração mensal”. (Diário do Pará)

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