Economia em expansão, inflação controlada e juros em queda animam os empresários do setor; somente neste ano, 43 unidades serão inauguradas
Informação é da da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping, a Alshop
Os shopping centers brasileiros devem superar em 2012 a marca dos 110 bilhões de reais de faturamento, segundo informações da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop). A expansão de cerca de 6% da receita será fruto do aumento da comercialização nos pontos-de-venda já existentes e também dos negócios que serão gerados nas dezenas de empreendimentos que serão abertos.
Somente neste ano, 43 estabelecimentos devem ser inaugurados, conforme levantamento da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Esses projetos, de acordo com a entidade, serão somados às 430 unidades atuais, que totalizam quase 10 milhões de metros quadrados (m²) de Área Bruta Locável (ABL). A expectativa da Alshop para os próximos dois anos e meio é que 124 novos shoppings sejam construídos.
Histórico – Para o diretor de relações institucionais da Alshop, Luís Augusto Ildefonso da Silva, essa fase de crescimento vigoroso teve início sete anos atrás, quando muitos grupos estrangeiros e nacionais começaram a investir no setor. Devido à crise financeira internacional do final de 2008, houve, contudo, uma desaceleração no desenvolvimento de projetos que perdurou até o ano seguinte. A partir de 2010, no entanto, o segmento vive uma retomada.
O executivo destaca que não só o número de shoppings cresce, mas também seus corredores parecem não esvaziar. São vários os fatores que levam os consumidores brasileiros a buscar este tipo de ambiente para realizar compras, explica Silva. Conforto, praticidade, segurança e diversidade são atrativos não só para os clientes, mas também para os lojistas. “Existem 1.800 empresas franqueadoras no Brasil. E quando elas crescem, preferem os shoppings. Até porque o aluguel mais caro é compensado por um retorno mais rápido”, afirma.
Otimismo – A projeção de expansão entre 3,3% (pelas previsões de mercado) e 4,5% (nos cálculos do governo) do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a perspectiva de inflação controlada e a trajetória de queda nas taxas de juros só animam o setor. Até mesmo a crise financeira na zona do euro, que ameaça se espalhar pelo mundo, parece não afetar o segmento. “Como lá fora as vendas estão muito instáveis, os investidores internacionais preferem investir no Brasil, que está bem estabelecido. Com isso, uma das alternativas de investimento preferidas têm sido os shoppings”, relata o diretor da Alshop.
Brasil longe da saturação – Apesar do crescimento em larga escala dos centros comerciais no Brasil, o mercado doméstico está longe da saturação, garante a associação. Mesmo nas aglomerações urbanas, que abrigam o maior número de empreendimentos do setor, as oportunidades parecem estar esgotadas. “A saturação ainda não chegou aos grandes centros – tanto que ainda há inaugurações a serem feitas nessas localidades e outros estudos de viabilidade estão em andamento”, disse Luís Augusto.
Por outro lado, também é verdade que, nas cidades do interior e nas capitais com baixo adensamento populacional, o cenário é mais positivo para os shoppings. “A velocidade no interior tende a ser maior que nas grandes cidades”, disse o diretor. Além dos espaços e mercados a serem desenvolvidos nessas regiões, existem incentivos por parte de prefeitos para o recebimento de investimentos, destaca Silva.
] Comercio on line devera crescer 25%
]O comércio online não para de crescer. No ano passado, as vendas pela internet movimentaram R$ 18,7 bilhões, com crescimento de 26% em relação a 2010, segundo a e-bit, empresa especializada em informações sobre o comércio virtual. Para 2012, a projeção é de crescer mais 25%, diz a diretora do e-bit, Cris Rother.
Em 2011, foram gastos, em média R$ 350 por transação, ante R$ 370 no ano anterior. "A tendência é de o valor do tíquete médio cair mais", diz a executiva.
Ela explica que, com a entrada da nova classe média brasileira na rede, a classe C, os preços dos produtos adquiridos devem ser menores. "Eles procuram preços menores e isso é cada vez mais relevante." No primeiro semestre do ano, dos 4 milhões de novos consumidores online, 61% foram da classe C.
Além de achatar preços, a entrada da classe C mudou o ranking dos produtos mais vendidos pela internet, diz a diretora. s Em 2007, por exemplo, o produto mais vendido era livro, seguido por itens de informática, produtos de saúde e beleza. Em 2011, os eletrodomésticos lideraram o ranking, seguidos pelo grupo informática.
Também o crescimento do número de sites de compras coletivas e as fortes promoções online contribuíram para reduzir os preços médios na internet, diz a diretora do e-bit.
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