quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Empresas-zumbis crescem 50% no país


A terceira temporada da badalada série "The Walking Dead", prevista para estrear no Brasil em meados de outubro, poderia trazer um personagem novo: o do empresário-zumbi brasileiro, cada vez mais visto na cena corporativa.

Segundo um levantamento da consultoria KPMG junto a 10 instituições financeiras, o número de “empresas-zumbis” cresceu 50% no Brasil, no acumulado do ano, em relação ao mesmo período de 2010. A consultoria, no entanto, não revela quantas companhias encontram-se neste estado de morto-vivo.
As “empresas-zumbis” são aquelas que não geram caixa ou lucro suficientes para pagar suas dívidas eempréstimos bancários. Na prática, essas companhias utilizam os recursos para cobrir os custos de operação e as despesas administrativas, como folha de pagamento. A KPMG também não informou qual o montante da dívida em atraso dos zumbis brasileiros.
O problema, segundo a KPMG, é que, à medida que deixam de lado o pagamento das dívidas com os bancos, entram num círculo mortal que envolve o fim dos limites de crédito e uma crescente dificuldade para obter capital – o que só conseguem a taxas de juros cada vez maiores.
Pé na cova
Com as portas cada vez mais fechadas nos bancos, as “empresas-zumbis” começam a rolar dívida atrás de dívida, veem sua margem de lucro cair para próxima de zero e são incapazes de juntar os recursos necessários para investir em um salto de produtividade e receita que as tire dessa situação vegetativa.Life-like covers for prosthetic limbs lie atop a locker at the Center for the Intrepid (CFI), at Brooke Army Medical Center.
Traduzindo, encontram-se numa situação de vender o almoço para comprar a janta – e a janta fica cada vez mais cara, já que os credores desconfiam de sua capacidade de pagamento.
Segundo a KPMG, há dois tipos de mortos-vivos perambulando pelo mercado brasileiro, hoje. O primeiro grupo é composto por empresas que passaram ou passam por uma recuperação judicial, mas que não implementaram medidas efetivas para se reestruturar. O segundo é formado por empresas afetadas pela crise mundial, que encareceu o crédito e fechou mercados consumidores no exterior, ao jogar diversos países da Europa em uma profunda recessão.U.S. Army Sgt. Aaron Cumamoto, 26 and a single leg amputee, flowboards on a wave machine.
Alguns setores estão mais expostos à invasão dos zumbis, atualmente. Entre eles, a KPMG destaca os frigoríficos e o setor de açúcar e álcool. Será que Rick Grimes, o ex-xerife que acorda em meio a um mundo tomado por mortos-vivos, vai cruzar com algum zumbi de ternoe gravata tentando convencê-lo a descontar uma duplicata de uma empresa brasileira, na próxima temporada de "The Walking Dead"?

Dívida externa é estimada em US$ 308,418 bi em julho

Por Eduardo Cucolo e Fernando Nakagawa
A dívida externa total brasileira alcançou em julho US$ 308,418 bilhões, conforme estimativa divulgada nesta quinta-feira pelo Banco Central (BC). O valor é superior à última posição consolidada da dívida, referente a março, de US$ 301,176 bilhões.
Segundo o BC, em julho, a maior fatia da dívida estava em compromissos de longo prazo, parcela que somava US$ 268,625 bilhões. Já as dívidas de curto prazo somavam US$ 39,792 bilhões, conforme a estimativa do BC.
Quanto ao Investimento Estrangeiro Direto (IED) de US$ 8,421 bilhões em julho, o resultado é o terceiro maior da série histórica segundo dados disponibilizados pela instituição a partir de 1995. Destacaram-se no mês passado investimentos em participação no capital de US$ 3,198 bilhões na área de serviços financeiros e atividades auxiliares e de US$ 1,154 bilhão em empresas de produtos alimentícios.
Em relação à origem dos recursos, US$ 3,428 bilhões vieram da Suíça e US$ 1,465 bilhão dos Países Baixos. O resultado do mês passado está abaixo apenas dos US$ 15,374 bilhões de dezembro de 2010 e dos US$ 10,318 bilhões de junho de 2007, de acordo com a série histórica disponível na internet com início em janeiro de 1995.

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