segunda-feira, 18 de novembro de 2013

lojas temporárias para faturar mais

Empresários abrem lojas temporárias para faturar mais no Natal

Melhor período para o varejo, o Natal abre espaço para lojas temporárias de artigos natalinos, que veem no período uma oportunidade para futurar alto em pouco tempo.
Somente em dezembro de 2012, o comércio paulista movimentou R$ 44,76 bilhões, segundo a Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). Para 2013, a entidade espera um crescimento entre 2% e 3% sobre o ano anterior.
Para aproveitar este movimento, o empresário Maurício Cassas, 55, abre todos os anos, desde 2004, a loja Natal & Art, em São Paulo (SP). O negócio funciona entre os meses de outubro e dezembro.
Em 2013, Cassas aposta em uma loja de 150 metros quadrados no shopping Vila Olímpia, na zona sul de São Paulo. Mas, em outros anos, ele chegou a abrir três lojas menores em diferentes shoppings da capital paulista.
"As lojas se tornaram pequenas para a variedade de produtos que gostaria de oferecer. A solução foi buscar um espaço maior", afirma.
Apesar de ter duas lojas a menos neste ano, o empresário espera faturar 15% a mais do que em 2012. "Tenho mais de 6.000 itens na loja, com preços que variam de R$ 1,20 a R$ 7.000", diz. O faturamento não foi divulgado.
Cassas, que tem 30 anos de experiência no varejo, atua com a venda de mudas de plantas para recuperação ambiental durante o ano.
Ampliar


Veja os papais-noéis da empresa Papai Noel Brasil10 fotos

2 / 10
Jorge Occhiuzzio, que é ator de campanhas publicitárias, virou papai noel por acaso. Um ator contratado faltou a um evento e, para ajudar o amigo que era dono de uma agência de animação de festas, ele se caracterizou e interpretou o personagem Leia mais Divulgação

Investimento pode chegar a R$ 500 mil

Em Belo Horizonte (MG), a empresária Claudia Travesso, 52, é proprietária da loja de decoração Casa Futuro. Desde 2007, além de utilizar parte de sua loja para a venda de artigos natalinos, ela ainda investe em um espaço temporário em um shopping da capital mineira.
Entre aluguel, estoque e funcionários, ela diz que o investimento pode variar de R$ 200 mil a R$ 500 mil, dependendo do tamanho da loja.
A empresária não informa o faturamento do negócio, mas espera aumento de até 15% nas vendas neste fim de ano.
"Nessa época do ano, os shoppings ficam cheios e percebi que poderia aproveitar este alto fluxo de pessoas para faturar mais."
Travesso declara, ainda, que os produtos que sobram após o Natal ficam armazenados em um galpão próprio e voltam para as prateleiras no ano seguinte.
"Apesar de trabalharmos com a loja só por três meses, o planejamento deve ser feito durante o ano inteiro", afirma.

Loja troca ferramentas por peças natalinas durante fim de ano

Já a loja de presentes e ferramentas Fernet, na capital paulista, muda o foco de atuação no segundo semestre do ano. A empresa reduz a exposição de ferramentas e outros artigos para construção e investe em peças natalinas. Os primeiros artigos chegam às prateleiras em agosto e, a partir de outubro, ocupam metade do andar térreo da loja.
A proprietária do negócio, Ivone Teixeira, 50, diz que a empresa está no mercado desde 1997, mas só há sete anos começou a trabalhar com artigos natalinos.
"O comércio popular aqui na região é forte e quem não aproveita esta época do ano perde dinheiro", declara.
Ampliar


Natal pelo mundo 14 fotos

3 / 14
8.nov.2013 - Pessoas vestidas como o Papai Noel durante o lançamento da corrida Santa Fun, no aeroporto de Sydney, na Austrália. O evento acontece no centro comercial da cidade em 1º de dezembro Rob Griffith/AP

Sem planejamento, empresário pode perder dinheiro

Para o coordenador de pesquisas do Provar-FIA (Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração), Nuno Fouto, a vantagem destas lojas sazonais é que elas aproveitam o melhor momento do ano para o comércio.
No entanto, o risco é alto e o empreendedor pode perder dinheiro se não fizer um planejamento, segundo o professor.
"Num negócio convencional, o empresário pode fazer testes e ajustes com o tempo. Numa loja temporária, se ele errar no começo, o desempenho pode ficar abaixo do esperado", diz.
Fouto afirma que o capital inicial para investir também é maior. "Para abrir uma loja dessas, o investimento é feito de uma vez e não aos poucos como nos negócios tradicionais."
De acordo com o professor, o planejamento de uma loja temporária de Natal deve começar um ano antes.
Neste período, o empresário deve avaliar o que as empresas oferecem, o que os consumidores buscam, identificar fornecedores, calcular gastos e estipular metas reais de vendas.
Apenas no começo de outubro é que a loja começa a funcionar. "O empreendedor precisa levar em conta que a mão de obra também será temporária, o que geralmente custa um pouco mais", declara Fouto.

Loja temporária precisa de CNPJ

Para abrir uma loja temporária é necessário CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) e alvará como em qualquer empresa, inclusive para quem já é dono de um negócio e queira ampliar a atuação no fim de ano, segundo o Sindilojas-SP (Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo).
A entidade recomenda, ainda, que o CNPJ seja encerrado após o período de atividade da loja sazonal.
De acordo com o Eduardo Sylvestre, gerente de marketing e produtos do Sindilojas-SP, o ponto comercial também precisa ser estudado com atenção pelo empresário.
O mais indicado, segundo Sylvestre, são locais de grande fluxo de pessoas e, de preferência, com estacionamento próximo ou recuo na rua.
"Em três meses o empresário não tem tempo de formar uma freguesia e se tornar conhecido. Ele precisa ganhar o cliente que passa em frente à loja pela ocasião", diz.
Ampliar


Conheça 50 casos de empreendedores de sucesso50 fotos

38 / 50
De olho no potencial de consumo do casais gay, a empresária Ester Fraga, 54, dona da Arpége, começou a oferecer lista de casamento ou de open house específica para este público Leia mais Rodrigo Capote/UOL

Nenhum comentário:

Postar um comentário