segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

10 dicas para iniciar a carreira em TI

Uma das carreiras que mais crescem no país exige um candidato que goste de tecnologia e tem talento para as ciências exatas


Dreamstime.com

Computador

Segundo a Brasscom, haverá falta de profissionais de TI no mercado nos próximos anos, o que deve puxar os salários desses profissionais para cima

São Paulo - Iniciar uma carreira na área de TI pode ser uma ótima decisão. Se você gosta de tecnologia e tem talento para as ciências exatas, saiba que este é um dos mercados que mais crescem no país.


Segundo a Brasscom (Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), haverá falta de profissionais de TI no mercado nos próximos anos, o que deve puxar os salários desses profissionais para cima e acelerar a carreira dos jovens que se prepararem bem e tiverem talento.

A Info entrevistou especialistas da área de educação e diretores de empresa para saber o que é necessário para começar a atuar em TI. Veja as dicas abaixo:

1 – Escolha um curso adequado

Os cursos técnicos, de tecnólogo e superior podem ser opções para aprender sobre a área com professores capacitados. Após obter o diploma de ensino superior, é possível fazer o “aproveitamento de estudos”, que consiste em iniciar outro curso de TI e eliminar algumas matérias da grade escolar que são bastante similares às cursadas anteriormente.

A coordenadora pedagógica dos cursos de graduação de TI das Fatecs (Faculdades de Tecnologia de São Paulo), Vera Lúcia Silva Camargo, alerta que muitos interessados ficam desestimulados em relação ao curso por pensarem que o ambiente de programação é similar aos encontrados em sistemas operacionais.

“Alguns alunos iniciam o curso de TI e acham que vão lidar com ferramentas similares ao Windows ou outros sistemas operacionais de interface gráfica amigável. Não é bem assim. É necessário realizar vários exercícios, desenvolver raciocínio lógico e se dedicar à programação em um ambiente complexo. Alguns acham isso massacrante”, diz a coordenadora.

]Segundo Bruno Tardin Badini, diretor da Vertigo Tecnologia, empresa e consultoria de TI, os interessados em cursar uma faculdade de TI podem dedicar parte do seu tempo para aprender as linguagens de programação Java e dotNet paralelamente ao curso pois, hoje, elas são as principais. De acordo com o diretor, há uma grande demanda por estes profissionais no mercado.


2 – Dedique-se aos estudos

Antes de fazer as inscrições para os vestibulares e outros cursos de TI, é recomendável checar o conteúdo das provas e gabaritos nos sites das instituições. “É possível avaliar o próprio nível de conhecimento ao chegar os exames antigos. Há também cursinhos, mas nós não indicamos. A pessoa consegue obter os materiais sobre o assunto no site da instituição”, recomenda.

A Fatec e ETEC (Escolas Técnicas Estaduais) divulgam as edições anteriores do vestibular e vestibulinho (apelido para o exame da ETEC) em seus sites. Para quem estudou o ensino fundamental e médio em escolas públicas, há um aumento 10% na nota final do exame, que é realizado duas vezes ao ano. “Cerca de 70% dos alunos de cursos superiores da Fatec estudaram em escolas públicas”, segundo Vera.

Badini diz que se a pessoa fez um curso técnico, ela pode conseguir ser contratada para os mesmos cargos do que uma pessoa que fez tecnólogo ou curso superior. “Isso vai depender da vontade de querer aprender e curiosidade do profissional. As experiências passadas são importantes, porém não fundamentais. Depende também da empresa e do perfil profissional que ela procura no momento”, diz o diretor.

3 – Procure um estágio na área

É interessante procurar faculdades que fazem parcerias com grandes empresas de TI. Vale lembrar que estes acordos não visam somente o estágio. “As parcerias viabilizam a atualização do conteúdo das aulas e permitem oferecer cursos de certificações com preços mais baixos. Às vezes, é possível participar de intercâmbios nos Estados Unidos e outros países”, diz Vera.

Se o interessado ainda não concluiu o ensino médio, é possível optar por um curso técnico com duração de um ano e meio, em vez do ensino superior que exige a conclusão do ensino médio e que possui, em média, três anos de duração.


Segundo Vera, mesmo que a pessoa não queira atuar na área após concluir um curso de TI, o conhecimento adquirido será usado em qualquer outra profissão, pois informática é um requisito básico no curriculum.

4 – Aprenda a falar inglês com fluência

Saber o idioma inglês é fundamental para lidar com as ferramentas e, após a conclusão do curso, atender possíveis clientes que estão no exterior. “Hoje, o mercado é globalizado, é necessário saber inglês. Nem é mais visto como um diferencial, é o mínimo que a pessoa deve saber para atuar na área”, diz Vera.

“A quantidade de conteúdo sobre TI é gigante e está no idioma inglês. entaQuem não consegue ler um artigo ou trabalhar com uma plataforma nesta língua esta perdendo muitas chances de adquirir conhecimento”, com Gilberto Mautner, diretor da Locaweb, empresa de hospedagem de sites e serviços de internet.

5 – Aprenda sobre as plataformas mobile

Segundo Badini, é interessante que a pessoa conheça o sistema operacional Android, baseado em Java, e iOS, da Apple, pois estas duas plataformas são promissoras. “É importante acompanhar e aproveitar o crescimento do mercado de mobilidade”, diz.

6 – Seja curioso

Segundo o diretor da Locaweb, uma das características principais que um iniciante deve ter em TI é curiosidade.

]Eu dispenso das seleções de emprego os profissionais que dizem que nunca programaram porque nunca tiveram uma oportunidade. Não há desculpa para isso ocorrer. Hoje, há muito conteúdo disponível na internet. Há apostilas e tutoriais de todas as linguagens, além de aulas em sites de vídeo como o YouTube. Estas são ótimas oportunidades para colocar o conhecimento em prática”, afirma.


Mautner comenta também que não há desculpa para dizer que não tem dinheiro para comprar um equipamento para rodar um determinado software. “Qualquer computador com uma boa configuração consegue virtualizar, por exemplo, além do Windows, o MAC OS e Linux”, diz.

7 – Avalie se você precisa de um diploma

Para Badini, uma pessoa interessada em TI e que leu um vasto conteúdo na internet sobre linguagens de programação e manuais técnicos pode conseguir uma vaga em TI, mesmo que não possua um diploma de graduação ou outros cursos.

“Depende do conhecimento técnico do interessado, da curiosidade própria e da força de vontade em querer aprender determinada linguagem. E claro, acima de tudo, depende da empresa viabilizar a contratação. A área de TI no Brasil não possui um conselho ou regulamentação oficial que rege os profissionais da área”, diz.

Segundo o diretor, em sua empresa atuam profissionais com vasta experiência de mercado, com diversas certificações, mas há também pessoas jovens, ainda sem diploma e que estão começando na área de TI. “Eles aprendem as técnicas durante o tempo de atuação na empresa”, diz.

Vale lembrar que, mesmo após conseguir atuar na área, é necessário estudar constantemente para reciclar o conhecimento das tecnologias que surgem constantemente. De acordo com Mautner, ter um diploma de curso superior não é crucial. O diretor diz que há excelentes profissionais na Locaweb que não tiveram uma formação universitária na área de TI.


]

8 - Tenha foco no networking

Para se familiarizar ainda mais com a área, Mautner diz que é importante participar de eventos do setor, procurar palestras sobre o assunto, manter contato com profissionais experientes e fazer cursos profissionalizantes para aprimorar ainda mais o conhecimento. “É válido manter contato com outros profissionais para conseguir indicações de vagas”, diz.

9 – Pesquise vagas na internet

Assim como o conteúdo de estudo, as vagas para a área de TI estão espalhadas por sites especializados. Há também os fóruns e comunidades de redes sociais. “O iniciante deve manter o LinkedIn atualizado e criar um site para servir de portfólio. Com isso, ele poderá oferecer e mostrar seus projetos para o mercado”, diz Badini.

Já Mautner afirma que não é necessário divulgar apenas os projetos que renderam grandes quantias de dinheiro. “É mais para demonstrar o conhecimento técnico, capacidade e interesse pessoal”, diz.

O diretor recomenda assinar canais RSS, ler muito sobre o tema e acompanhar o que falam sobre as tecnologias. “A pessoa deve ficar sempre atenta às tendências, principalmente quando o assunto envolve computação em nuvem. Tudo isso você pode fazer de qualquer lugar do mundo que tenha acesso à internet”, diz.

10 – Prefira empresas que oferecem treinamentos

É muito comum nas empresas jovens e inovadoras a contratação de pessoas que ainda não possuem muita experiência na área e que são iniciantes ainda em formação, segundo Badini. “Havendo internamente a capacitação, treinamento nas tecnologias mais recentes e promissoras, não há problema nenhum”, afirma.

]Comida de rua

Comida de rua

Os chamados food trucks (caminhões de comida, na tradução livre) são famosos no exterior mas pouco usados no Brasil. São trailers que comercializam de sorvete a sanduíches e podem mudar de localização. Os carrinhos de comida ganharam status gourmet em alguns locais e se transformaram em pontos de encontro de gente descolada. No ano passado, o consagrado guia de restaurantes Zagat incluiu food trucks como uma nova categoria. Com base nisso, os pesquisadores estimam um crescimento de 3,7% ao ano na receita e margem de lucro de até 26%. A intensidade de capital exigida é média e as barreiras de entrada são baixas, segundo o estudo. A oportunidade serve principalmente para grandes cidades.

]

Internet

Não tem jeito, os negócios digitais continuam em alta e devem ocupar este posto pelos próximos cinco anos, pelo menos. Aplicativos e novas tecnologias para smartphone continuam crescendo. A pesquisa aponta o sucesso do Spotify, serviço de música online, como um exemplo do potencial deste setor. Mesmo com poucas barreiras de entrada, esta área exige investimentos altos e constantes, em especial em tecnologia. Estima-se que o faturamento destas empresas cresça 9,9% ao ano entre 2011 e 2016. A margem de lucro é de 17%. Segmentos que combinam redes sociais e conteúdo e social commerce parecem ser mais promissores. Lojas e leilões virtuais devem crescer 9,6% ao ano em receita

Nenhum comentário:

Postar um comentário