domingo, 23 de setembro de 2012


 Manter um carro por 10 anos em vez de trocá-lo depois de cinco anos, pode gerar uma economia de milhares de reais, o valor suficiente para comprar um carro 0K popular. A consultoria automotiva Jato Dynamics elaborou um estudo a pedido de EXAME.com comparando os custos para manter um carro por 10 anos, ou por 200.000 quilômetros, e qual seria o custo caso o mesmo veículo fosse trocado depois de 5 anos, ou aos 100.000 quilômetros. O resultado mostrou que ficar com o mesmo carro por mais tempo pode levar o motorista a economizar mais de 26.000 reais, sem considerar a economia em não comprar o segundo carro.Carro antigo em pôr do sol
Nas tabelas abaixo podem ser observados os resultados do estudo elaborado pelo Gerente de Atendimento da Jato Dynamics, Milad Kalume Neto para quatro carros: Fiat Palio, Honda Civic, Toyota Corolla e Volkswagen Gol. No estudo, 10 anos de uso correspondem a um total de 200.000 quilômetros rodados, o equivalente a 20.000 quilômetros por ano. E a troca depois de cinco anos equivale ao uso do carro até os 100.000 quilômetros, também rodando 20.000 quilômetros por ano.

 Honda Civic LXL 2013, motor 1.8, quatro portas = R$ 69.990Toyota Corolla XEI 2013, motor 2.0, quatro portas = R$ 71.630
Custos do proprietárioMantendo o carro por 10 anos  (R$)Comprando um novo Civic depois de cinco anos (R$)Mantendo o carro por 10 anos (R$)Comprando um novo Corolla depois de cinco anos (R$)
Depreciação56.04070.82858.40072.776
Seguro13.93420.93717.22125.270
Revisões e manutenção35.51731.40233.19228.856
Impostos (Licenciamento + DPVAT + IPVA)14.10522.60114.28623.093
Pneus7.3706.7007.3706.700
Custo total126.967152.108130.470156.695
Economia ao manter o carro por 10 anos25.14126.225

 Fiat Palio Economy 2013, motor 1.0, duas portas = R$ 23.290Volkswagen Gol 2013, motor 1.0, duas portas = R$ 24.291
Custos do proprietárioMantendo o carro por 10 anos (R$)Comprando um novo Palio depois de cinco anos  (R$)Mantendo o carro por 10 anos  (R$)Comprando um novo Gol depois de cinco anos  (R$)
Depreciação15.24222.21816.05822.250
Seguro13.78918.76315.69121.514
Revisões e manutenção24.31919.65821.54317.934
Impostos (Licenciamento + DPVAT + IPVA)
6.2608.5906.5238.892
Pneus4.1363.7604.6634.238
Custo total63.74672.98964.47874.828
Economia ao manter o carro por 10 anos9.24310.350
Metodologia do estudo
Kalume explica que foram usados para o estudo os preços dos veículos sugeridos pelasmontadoras sem qualquer acessório e opcional. O item “revisões e manutenção” contempla os valores das revisões e das peças que, teoricamente, seriam trocadas no período, de acordo com os manuais de uso das concessionárias, além dos gastos com as respectivas mãos de obra incluídas nos serviços. Os impostos contemplam licenciamento, o DPVAT e oIPVA. E foram considerados os pneus originais do veículo para a troca.A Jato Dynamics faz estimativas de depreciação em no máximo cinco anos. Assim, para calcular a depreciação entre o 5º e o 10º, Kalume usou como base o valor médio de depreciação encontrado para veículos semelhantes existentes 10 anos atrás. “Este parâmetro é uma extrapolação para se encontrar o valor da depreciação, não seria 100% aceitável para um estudo científico. Mas, como colocamos os quatro veículos sob a mesma base, não teremos tantas divergências nos valores finais”, explica Milad Kalume.
Por que comprar um carro novo sai mais caro?
Como se pode notar, um dos maiores custos ao longo dos anos é a depreciação do carro. A depreciação corresponde à diminuição do valor dos carros, resultante do desgaste pelo uso. O gerente da Jato Dynamics explica que a depreciação nos primeiros anos é mais acentuada, sendo a do primeiro ano a maior de todo o período. “É aquilo que costumamos falar: ‘o carro sai da concessionária e já desvaloriza cerca de 20%’”, diz. Isso pode explicar por que a depreciação é menor quando o mesmo carro é mantido por 10 anos.
Kalume também explica que os impostos são mais carros para carros novos. “No Brasil paga-se mais imposto pelos veículos mais novos; é ilógico, mas é o que encontramos no nosso sistema”, diz. O DPVAT, que é o seguro obrigatório e o licenciamento, ambos cobrados anualmente, não variam de acordo com o carro e o tempo de uso, apenas com o estado. Já o IPVA é cobrado anualmente e varia entre 1% e 6% sobre o valor de mercado do veículo, dependendo do estado. Assim, ao longo dos anos, o imposto vai diminuindo conforme é reduzido o valor de mercado do carro. Por isso, os impostos em carros novos acabam mais caros.
A mesma lógica vale para os seguros. Conforme Kalume explica, como o valor do seguro é definido sobre o preço do carro – já que em caso de sinistro a seguradora paga a cobertura correspondente ao valor de cada veículo – com o passar dos anos, o valor tende a diminuir. Enquanto na compra de um novo carro, o valor será cobrado proporcionalmente ao preço do veículo novo e, portanto, será mais alto.
Vale ressaltar que o estudo é hipotético. Se o carro sofrer um acidente, por exemplo, e o motorista precisar acionar o seguro, no ano seguinte o perfil de risco do motorista se modificará e isso pode implicar em aumento do valor cobrado pela seguradora. Nesse caso, mesmo que o valor de mercado do carro sofra uma redução, o valor do seguro pode aumentar.Daniel Mosardo, dono da corretora de seguros DM Five, explica ainda que algumas seguradoras não diminuem o valor do seguro no primeiro ano, mas apenas depois de dois ou três anos. “A seguradora pode cobrar por exemplo 5% do valor do carro pelo seguro, mas no outro ano, quando o valor do carro diminui, ela continua cobrando a mesma taxa, mesmo que a porcentagem de 5% sobre o valor do carro diminua com a depreciação do veículo. Quando a seguradora não diminui o valor depois de algum tempo, nós tentamos até mesmo trocar de seguradora para tentar um preço melhor”.
A manutenção e as revisões são os únicos gastos que são maiores se o consumidor ficar com o mesmo carro durante 10 anos, em vez de trocá-lo depois de cinco anos. A economia, no entanto, não é tão significativa, são cerca de 4.000 reais de diferença no caso dos quatro carros simulados.
Kalume explica que a diferença não é tão grande pois parte dos itens do carro são trocados anualmente, seja no carro novo ou no carro com mais tempo de vida, como o filtro de ar, o filtro de combustível, os limpadores de para-brisa e outros. No entanto, obviamente, existem alguns gastos com manutenção que podem ser necessários em um carro com oito anos de uso e não o são em um carro com três ou quatro anos de uso. Itens como embreagem, amortecedores, por exemplo, dependendo do tipo de uso do carro, podem ser trocados apenas depois de cinco anos de uso.
Importante destacar também que os gastos com revisões e manutenções foram baseados nas trocas de itens e revisões de acordo com a peridiocidade sugerida pelos manuais de cada carro. Mas, dependendo do modo como o motorista usa o veículo e os locais onde ele costuma dirigir, os custos com manutenção podem variar. “Uma dirigibilidade mais agressiva pode gerar mais custos para o carro, enquanto um motorista mais prudente pode postergar alguns de seus gastos. E um carro que é usado na cidade, por exemplo, terá mais desgaste do que um carro usado em uma cidade do interior. Uma cidade com trânsito leva o motor a trabalhar enquanto o carro está parado, por exemplo, e isso gera um desgaste maior do óleo e do motor”.
Por fim, os gastos com pneus são os únicos que não se alteram, seja para um carro usado por mais tempo, quanto para um carro mais novo. Isto porque, o desgaste ocorre segundo o nível de uso e não com a vida útil do carro.Chieko Aoki

CHIEKO AOKI

São Paulo - A primeira-dama da hotelaria no Brasil, Chieko Aoki, CEO da rede Blue Tree, dorme em média 6 horas por noite. “Mas não tenho problema em dormir menos, desde que não seja por mais de três ou quatro dias. Depois desse tempo sinto alteração na minha energia”, diz.
Mesmo sendo poucas horas de sono, a qualidade é excelente, diz Chieko. “Simplesmente “caio na cama como uma pedra”, descansando muito bem. Raramente tenho sonhos e, menos ainda, pesadelos. Tremor (terremoto), mesmo pequeno, é a única coisa que me acorda”, diz a executiva que, rotineiramente, vai para o Japão.
Para dormir bem e acordar com disposição, ela lança mão de um ritual. “Cerca de 30 minutos antes de dormir, relembro fatos prazerosos do dia, como algo gostoso que comi, leio algo leve, vejo filme, medito ou centro em atividades que me desligam do trabalho ou preocupações. Por último, faço orações e converso com Deus, antepassados ou pessoas queridas que já se foram, que me fazem sentir bem protegida e, assim, recarrego a energia antes de dormir”.

DONALD TRUMP

O magnata e CEO das Organizações Trump justifica seu sucesso ao pouco tempo que reserva para o descanso diário de 3 a 4 horas por noite. Para ele, quanto menos descanso mais a pessoa sai na frente.
Isso porque, para Donald Trump, uma pessoa que dorme mais de 12 horas nunca conseguiria competir com quem reserva apenas um terço deste tempo para o sono.]

MARISSA MAYER, CEO DO YAHOO!

A CEO do Yahoo! diz que precisa de apenas 6 horas de sono por noite. A dura rotina de trabalho é quebrada com férias de uma semana a cada quatro meses.
Para ela, trabalhar até 80 horas por semana – noGoogle chegou ter um expediente de 130 horas semanais – não necessariamente vai resultar em exaustão se algumas atividades importantes para além do trabalho não forem afetadas pelas longas jornadas.

IVO PITANGUY

O cirurgião plástico - que é um dos mais solicitados do planeta - costuma dizer que, rotineiramente, dorme apenas 5 horas por noite.
Com isso, todos dias, antes de seguir para sua clínica no Botafogo, Rio de Janeiro, para iniciar a sessão matutina de cirurgias, tem tempo de ler jornais, fazer 20 minutos de caminhada, exercitar-se (ele pratica karatê) e dar um mergulho, segundo disse em entrevistas a publicações como Época e Folha de São Paulo.

No início da tarde volta para casa, descansa um pouco e parte para a maratona de visitas aos pacientes recém-operados.
]O presidente americano vai dormir à 1h e se levanta às 7h, quando não há nenhuma crise para resolver, o que é raro.
Se Barack Obama normalmente já dorme 6 horas por noite, a maratona de campanha eleitoral tem encurtado seu período de descanso na Casa Branca

JULIO VASCONCELLOS

O dia a dia agitado do CEO do site de compras coletivas Peixe Urbano Julio Vasconcellos não deixa muito espaço para as recomendáveis 8 horas de sono e isso não é problema para ele. “Nunca fui de dormir muito”, diz.
Em vez de dormir cedo, ele aproveita a madrugada para outras atividades. “Gosto de colocar os e-mails em dia e ler um pouco. Durmo muito tarde, mas já estou acostumado”, diz.
Pelo menos, ao deitar adormece rapidamente, diz ele. “E sempre existe o sábado de manhã para recuperar qualquer sono perdido”, diz. 

JACK DORSEY

O criador da rede social Twitter e do sistema de pagamentos Square dorme entre 4 e 6 horas por noite.
Dorsey, um dos empreendedores mais badalados da Califórnia e dono de uma fortuna estimada em 1,2 bilhão de dólares, diz que essas poucas horas de descanso são suficientes. Afinal, ele dedica entre 8 e 10 horas diárias a cada uma de suas empresas.

INDRA NOOYI

A presidente - executiva da PepsiCo e 2ª mulher mais poderosa do mundo dos negócios nos Estados Unidos ( segundo a revista Fortune) dorme não mais do que 4 horas por noite.
As poucas horas de descanso são herança do início da carreira, quando trabalhava da 0h às 5h como recepcionista para bancar seu mestrado em Yale

ACACIO QUEIROZ

Na rotina agitada do executivo que é CEO da Chubb Seguros há espaço para uma média de 4,5 horas a 5 horas de sono por noite. “Quando a gente se habitua desde jovem a dormir pouco, o corpo vai se acostumando”, diz Acacio Queiroz.
No início da sua trajetória profissional, dormir menos que 8 horas era uma necessidade. Hoje, é hábito. “Não é que eu quisesse, mas fui me adaptando a isso”, diz.
Ele diz que acordando cedo, lá pelas 5h da manhã, consegue ter mais tempo para investir no aumento de conhecimento. “Das 5h às 7h é o tempo que uso para investir em mim mesmo, fazendo leituras técnicas, ouvindo as notícias no rádio”, diz.
Levantar ao raiar do dia também o ajuda a ter mais fôlego na sua rotina. “Essas duas horas contribuem para que eu não deixe de fazer nada que quero, vou à academia 3 vezes por semana, assisto a peças de teatro”, diz. 


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